Taxação de apostas esportivas é o novo dilema de Haddad na Fazenda

O Ministério da Fazenda tributará o lucro bruto das empresas e os ganhos de jogadores, mas Haddad não sabe quanto arrecadará com a medida
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, fala ao microfone durante coletiva de imprensa
Washington Costa/MF

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, está quebrando a cabeça para descobrir quanto conseguirá arrecadar com a taxação de apostas esportivas. Sem uma margem factível, Haddad não consegue estipular as alíquotas que serão aplicadas sobre as empresas e os jogadores.

Pessoas familiarizadas com o assunto no Palácio do Planalto comentam que Haddad trabalhava com uma estimativa de arrecadação inflacionada e distante da realidade brasileira. Haddad disse, em entrevista ao UOL, que a taxação das apostas esportivas compensaria as perdas do governo com a correção da tabela do Imposto de Renda.

O aumento da faixa de isenção do IR deve provocar perdas de R$ 3,2 bilhões neste ano, e estimativas apontam que o governo deixará de arrecadar R$ 6 bilhões a partir de 2024. Os ganhos auferidos com as apostas esportivas estariam bem abaixo desses patamares.

A Fazenda já definiu que a tributação será aplicada sobre o lucro bruto das empresas. Os jogadores teriam os ganhos tributados no Imposto de Renda, mas o ministério não decidiu qual será a faixa de isenção nem o percentual que será cobrado sobre os prêmios.

 

Haddad afirmou que a taxação será aplicada por meio de medida provisória (MP). Segundo o ministro, o texto será apresentado após a viagem de Lula à China. O presidente estará no país asiático entre os dias 26 e 30 deste mês.

Guilherme Amado do Metrópoles

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