Deputados são denunciados por compra de votos em aldeias indígenas; MP quer cassação

Reprodução

O deputado estadual Silvano Amaral (MDB) e o deputado federal Fábio Garcia (União Brasil) foram denunciados por compra de votos em aldeias indígenas  pelo Procuradoria Regional Eleitoral, que também requereu a cassação dos mandatos dos parlamentares.

Ação tem como alvos ainda o secretário municipal de Agricultura de Marcelândia (710 km ao norte de Cuiabá), Lincoln Alberti Nadal, e o empresário Anderson Fernando Grandini.

Conforme denúncia, Lincoln e Anderson percorreram diversas aldeias na região do Xingu duas semanas antes do período de disputa eleitoral realizado no último ano. Na época, foram distribuídos santinhos dos deputados e oferecido dinheiro em troca de voto.

Na época da campanha eleitoral,  indígenas denunciaram que para cada aldeia o montante oferecido foi de R$ 1,5 mil. Além do dinheiro, supostamente foi apontado que a eleição dos então candidatos ajudaria em situações relacionadas ao acesso à tecnologia e à saúde dos indígenas.

Após denúncia, desembargadora Nilza Maria Pôssas de Carvalho, do Tribunal Regional Eleitoral, agendou audiência para ouvir as testemunhas no próximo dia 24 às 9 horas.

Em nota, Silvano Amaral informou que não mantém qualquer relação com os fatos da denúncia do MPE. “Razão pela qual não pode responder por simplesmente surgir um santinho apócrifo, junto com outros candidatos, num contexto mal explicado de hipotético ilícito eleitoral”, narra trecho do documento.

Também em nota, Fábio Garcia também alegou que não há ligação com os fatos denunciados. No comunicado, o advogado do deputado, Rodrigo Cyrineu, aponta que o procurador eleitoral “força a barra e faz uma conjectura absolutamente inaceitável e inacreditável”.

 

Veja nota na íntegra a seguir:

“A il. Desembargadora Nilza Maria Pôssas de Carvalho atendeu o pedido da defesa do Deputado Federal Fábio Garcia para ouvir testemunhas relacionadas ao caso, de sorte a elucidar, de uma vez por todas, a absoluta falta de ligação de sua parte com as acusações feitas pelos indígenas e encampadas pelo Ministério Público Eleitoral.

Não existe nenhuma relação do Deputado Federal Fábio Garcia com os 2 envolvidos na visita à aldeia e tampouco com a etnia indígena local, razão pela qual não pode responder por simplesmente surgir um santinho apócrifo, junto com outros candidatos, num contexto mal explicado de hipotético ilícito eleitoral.

Para justificar o elo entre Fábio Garcia e o Representado Lincoln, o Procurador-Regional Eleitoral força a barra e faz uma conjectura absolutamente inaceitável e inacreditável, a saber: LINCOLN exerce função política comissionada de Secretário Municipal em Marcelândia que por sua vez é administrada por CELSINHO PADOVANI, apoiador de outro candidato a deputado federal, como reconhece o próprio procurador. A ligação que buscou fazer o procurador foi de que o Prefeiro teria ido à convenção do UNIÃO BRASIL, que homologou a candidatura de 9 candidatos a deputado federal, 26 candidatos a deputado estadual e da chapa majoritária do partido.

Não há, como se vê, nenhum elemento indiciário que respalde a acusação, de tal sorte que confia-se na rejeição quando do julgamento colegiado”.

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