O Ministério Público Estadual (MPE) denunciou as duas servidoras, Jussiane Beatriz Perotto e Raquell Proença Arantes, por colocarem dados falsos no sistema de estoque da farmácia da Empresa Cuiabana de Saúde Pública.
”A denunciada, valendo-se de sua condição de chefe da central de abastecimento, inseriu, por duas vezes, dados falsos no sistema”, diz MP.
Ainda de acordo com o órgão, as servidoras registravam notas fiscais e constatavam o recebimento de medicamentos que, segundo suspeitas, nunca foram entregues.
As informações foram reveladas na investigação policial que desencadeou a Operação Hypnos, que expôs o esquema de fraude e desvio milionário de dinheiro público na aquisição do medicamento Midazolan 15mg.
Raquell foi identificada pelo MPE como a servidora responsável por registrar a aquisição do medicamento. Na época da investigação ela era chefe da central de abastecimento de farmácia da Empresa Cuiabana.
”Inseriu, por duas vezes, dados falsos no sistema, com o fim de obter vantagem indevida para si ou para outrem”, diz trecho da denúncia.
Em outra nota lançada no sistema, o MPE apontou que o processo de pagamento sequer foi identificado. Ou seja, os medicamentos relacionados na nota fiscal não poderiam ter sido inseridos no sistema da Empresa Cuiabana.
Além de Raquell, Jussiane também foi apontada como uma das servidoras que inseriu dados falsos de recebimento de medicamento.
Na época, Jussine era responsável pelo recebimento dos medicamentos, pela conferência dos medicamentos e pelo atesto da nota fiscal.
Assim como Raquell, a servidora registrou por duas vezes a entrada de medicamentos adquiridos com a Remocenter, porém os remédios, segundo investigação, não chegaram a ser entregues na Empresa Cuiabana.
O promotor de Justiça, Carlos Roberto Zarour Cesar, pediu a condenação das duas servidores denunciadas pela prática dos crimes.