Dois casos de gripe aviária são confirmados em humanos

Na última quinta-feira (23), as autoridades do Camboja relataram a morte de uma menina de 11 anos devido à gripe aviária. O pai dela, que também apresentava sintomas da doença, testou positivo para o vírus.

Além disso, 12 pessoas que entraram em contato com a menina iniciaram os testes, segundo as autoridades sanitária do país.

Diante dos casos confirmados no Camboja, a diretora de preparação e prevenção de epidemias da OMS, a francesa Sylvie Briand, descreveu a situação como preocupante. Ela ressaltou que há, nesse sentido, o aumento de casos em aves. No início do mês, contudo, a agência de saúde da Organização das Nações Unidas (ONU) avaliou o risco da gripe aviária para humanos como baixo.

Situação da gripe aviária no mundo

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Foto: Wilson Dias/Agência Brasil

A situação global da gripe aviária é preocupante, segundo a OMS. Isso porque é ampla a disseminação do vírus em aves espalhadas por todos os continentes. Além disso, são crescentes os relatos de casos em mamíferos, ressalta Sylvie — como a infecção de seres humanos no Camboja.

“A OMS leva a sério o risco deste vírus e pede cada vez maior vigilância de todos os países”, diz a diretora da agência de saúde da ONU, conforme destaca a Reuters.

Transmissão de humano para humano?

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Foto: Faesp/divulgação

Sylvie Briand informa, por fim, que ainda não está claro para a OMS se houve uma transmissão entre seres humanos ou se foram devido a contato próximo com as mesmas aves ou outros animais infectados. Entretanto, o foco nos casos de Camboja foi justificado para esse tipo de estudo, afirma.

Ao contrário de surtos anteriores de gripe aviária, a atual epidemia não está causando danos significativos em seres humanos. Até agora, cerca de meia dúzia de casos em pessoas foram relatados à OMS. Tais pessoas, a saber, tiveram contato próximo com aves infectadas e a maioria destes casos foi leve.

Dessa forma, a OMS ressalta que trabalha com o desenvolvimento de novas vacinas, se necessário, para diminuir o impacto de novas cepas do vírus.

Segundo o diretor do centro colaborador da OMS para estudos sobre ecologia da influenza em animais e aves, Richard Webby, isso pode levar de quatro a cinco meses. Contudo, de acordo com ele, já existem outras vacinas disponíveis para conter a propagação da doença neste meio tempo.

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