Divulgação
Para estruturar o Plano Nacional de Fertilizantes (PNF), o ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, se reuniu com o vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, nesta sexta-feira (24).
“A ideia é fortalecer a indústria de fertilizantes e o Brasil ser menos dependente de importação, sendo o maior exportador agrícola do mundo que é. Para isso, precisamos reduzir o preço do gás natural. É um esforço grande”, declarou o vice-presidente.
Durante a reunião foram traçadas as estratégias para que o PNF possa realmente avançar.
“A proposta é que o Brasil volte, a médio prazo, a ter boa parte do domínio dos fertilizantes. Mas temos que começar já, fortalecendo a indústria e com políticas públicas de barateamento de energia e gás para que possamos ganhar mais competitividade e segurança”, afirmou Fávaro.
Conselho Nacional de Fertilizantes e Nutrição de Plantas
O PNF é coordenado e acompanhado pelo Conselho Nacional de Fertilizantes e Nutrição de Plantas (Confert), cujo decreto de instalação já foi assinado pelo presidente Lula, conforme informou Alckmin.
“Vamos instalar o conselho e convidei o ministro Fávaro para atuarmos juntos”, disse o vice-presidente.
De acordo com ele, a presidência será assumida pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), enquanto o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) será o responsável pela secretaria do Confert.
Vaca louca
Depois da reunião com Fávaro, o vice-presidente minimizou o caso de vaca louca identificado no Pará.
Alckmin afirmou que o caso é isolado e atípico, e que o animal doente se trata de um “boi velho”.
“Toda expectativa é que se trata de um caso atípico. Ou seja, um boi velho, idoso. Provavelmente, é um caso de uma proteína que tem uma mutação pela idade do animal. Mas é um caso isolado, não teve nenhum abatimento em frigorífico”, comentou.
Biocombustíveis
Geraldo Alckmin também defendeu o aumento do percentual de biodiesel no diesel, abaixo do estabelecido pela Política Nacional de Biocombustíveis (RenovaBio).
A adição obrigatória de biodiesel é atualmente de 10%.
Alckmin defendeu que a mistura aumente para melhorar a qualidade do diesel, ajudar o meio ambiente e diminuir a emissão de carbono.
“Nós precisamos aumentar o percentual do bio no diesel. Está em 10%, já foi 13%, foi reduzido no governo passado para 10%. Isso prejudica o meio ambiente, prejudica a indústria, gera menos emprego, agrega menos valor. Então é importante a retomada do bio no diesel, você melhora o diesel, ajuda o meio ambiente, diminui emissão de carbono”, afirmou
O aumento da mistura pode impactar o preço do diesel devido aos custos das matérias-primas do biodiesel, especialmente da soja.
Segundo o vice-presidente, o novo percentual deve ser discutido em março durante reunião do Conselho Nacional de Política Energética (CNPE), em março.
Com informações do site Canal Rural