O deputado estadual Paulo Araújo (PP) que já foi aliado ao prefeito de Cuiabá, Emanuel Pinheiro (MDB), defende o retorno da intervenção do Estado na Saúde de Cuiabá. O parlamentar disse que o chefe do executivo da capital “não tem condição” de gerir a Pasta.
A intervenção, chefiada pelo procurador do Estado, Hugo Fellipe Lima, durou poucos dias, de 28 de dezembro de 2022 a 6 de janeiro, por uma decisão do desembargador Orlando Perri, do Tribunal de Justiça de Mato Grosso. A determinação, no entanto, foi cassada pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ).
Segundo o deputado estadual o sistema de saúde pública de Cuiabá colapsou. “O Município perdeu a condição de gerir o sistema público de saúde por diversas situações que já foram relatadas”, afirmou.
“O que a gente espera é que o Tribunal de Justiça valide essa intervenção. Justamente porque o Município já não tem mais condição, os colaboradores perderam confiança na gestão, os profissionais também… Então o cenário é muito ruim para poder recuperar”, acrescentou.
O parlamentar ainda destacou que a Saúde de Cuiabá é uma referência no Estado e recebe recursos do Governo e dos municípios para desempenhar este papel. No entanto, devido à administração do Município, o posto de referência foi comprometido.
Araújo desde o início defendeu a intervenção como a solução para frear o caos que tomou a saúde de Cuiabá após os inúmeros escândalos, incluindo investigações, que resultaram na prisão de secretários e até mesmo o afastamento do prefeito da Pasta.
Em dezembro, o deputado elaborou um ofício com assinatura de outros parlamentares, encaminhado ao governador Mauro Mendes (União), em que relatou uma séria de irregularidades e a precarização do trabalho dos profissionais de Saúde da Capital.
Com tudo o que tem acontecido com a saúde de Cuiaba, o parlamentar acredita que não há como o prefeitura administrar a saúde, pois toda a falta de confiança dos prestadores de serviços já comprometeu o planejamento do Município.
“O Município não condições, pontos positivos, que reúna a favor de Cuiabá, no sentido de poder continuar tocando a Saúde pública. O interventor vem, justamente, para fazer um corte para falar ‘nós vamos salvar vidas daqui para frente’”, concluiu.
Com informações do MidiaNews