Para o novo chefe do Ministério Público de Mato Grosso (MPMT), promotor Deosdete Cruz Júnior, a operação da Polícia Civil que resultou na prisão do ex-secretário de Saúde de Cuiabá é mais uma razão para justificar a intervenção na pasta. A declaração foi feita na manhã desta quinta-feira (09), em conversa com jornalistas na sede do MP.
Deflagrada nas primeiras horas de hoje, a Operação Hypnos cumpriu seis mandados de busca e apreensão domiciliar, dois afastamentos cautelares de exercício da função pública e um mandado de prisão preventiva contra o ex-secretário de Saúde de Cuiabá, Célio Rodrigues.
“Na nossa visão, a intervenção se faz necessária para que o interventor possa concluir o trabalho que foi suspenso por ordem do STJ, Superior Tribunal de Justiça. Então, acredito que esta operação, que eu acompanhei também pela imprensa, é mais um indicativo da necessidade da intervenção. Sem qualquer pré-julgamento contra quem quer que seja”, disse o novo Procurador-Geral de Justiça.
Deosdete também ressaltou o papel do interventor durante esse processo. Ele ressaltou que não se trata de “um xerife”, mas daquele que será responsável por executar as determinações da Justiça.“É a pessoa que vai fazer aquilo que o Judiciário está determinando que ele faça. ‘Cumpra as ordens, regularize as filas, providencie os remédios’, é para isso. O que não foi feito, mas tem que fazer”, disse.
Questionado sobre a ausência do tópico na pauta da reunião do Órgão Especial do Tribunal de Justiça, o novo PGJ preferiu não criar polêmica, minimizando a postergação da discussão. Como mostrou o RepórterMT, o Superior Tribunal de Justiça (STJ) suspendeu a intervenção do Governo Estadual na saúde pública de Cuiabá até que o assunto fosse apreciado pelo TJ.
REPÓRTER MT