O Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT) empossou na manhã desta quinta-feira (24), a sessão solene de posse do desembargador Wesley Sanchez Lacerda, que assume a vaga deixada pelo desembargador aposentado Paulo da Cunha, destinada ao Ministério Público Estadual, por meio do Quinto Constitucional. Wesley Sanchez foi nomeado pelo governador Mauro Mendes.
Em seu discurso, Wesley relembrou sua carreira no Ministério Público (MPMT) e na advocacia, destacando que sua conquista foi fruto de uma “intervenção divina”. Durante sua fala, Sanchez não apenas reconheceu as pessoas que fizeram parte de sua caminhada, mas também fez questão de destacar duas figuras que considera seus “pais institucionais”: a desembargadora Maria Helena Póvoas e o procurador-geral de Justiça Guiomar Teodoro Borges.
“A minha gênese institucional começa em um dia 24 de novembro de 1994, quando a excelentíssima desembargadora Maria Helena Póvoas assinou minha inscrição na Ordem dos Advogados de Mato Grosso, juntamente com a do meu pai. Eu e meu pai nos formamos com uma semana só de diferença, mas fizemos o exame de Ordem juntos e fomos aprovados juntos. E meu pai faleceu dizendo que tinha orgulho de ter a carteira assinada pela desembargadora Maria Helena Póvoas e eu tive o privilégio de testemunhar isso pra ela, há uns anos atrás, entregando uma carta-testemunho para ela. Então, me aprece que ali está a minha mãe institucional. Hoje, 24 de outubro de 2024, há exatos 24 anos atrás, exatamente no mês de outubro, eu tomava posse como promotor de Justiça”, relembra.
“Desembargador Marcos sempre esteve presente na minha vida, nos momentos mais marcantes. Mas quem me deu posse no MPMT? Quem foi que assinou a minha funcional? Exatamente, como ele já disse, o então procurador-geral de Justiça, doutor Guiomar Teodoro Borges. Então, me parece que ali está o meu pai institucional”, completa.
Com 30 anos de carreira, dos quais 24 foram no Ministério Público, Wesley destacou os desafios que enfrentou para alcançar o cargo de desembargador.
“Chegar aqui não foi fácil, foram 6 anos de advocacia intensa e 24 anos mais intensos ainda de Ministério Público, sempre levando uma filosofia de vida: mentindo e enganando a gente atravessa o mundo, mas é impossível retornar pelo mesmo caminho. Nesses 30 anos exclusivamente em solo mato-grossense, eu consegui ir e voltar pelo mesmo caminho, pisando sempre o mesmo barro vermelho e na maioria do tempo sempre margeando o Rio Araguaia e Deus me trouxe aqui”, disse.
Por fim, o desembargador Wesley Sanchez Lacerda fez um novo juramento à Justiça e à sua nova casa.
“Eu chego aqui no altar da Justiça para, nesse novo ritual de matrimônio, sem nenhum temor de cometer bigamia ou adultério, declarar que recebo a Justiça como também minha legítima esposa, prometendo amá-la e respeitá-la, na alegria e na tristeza, na saúde e na doença, na riqueza e na pobreza por todos os dias da minha vida até que a morte nos separe. Anaxágoras, acusado de não se importar nem com a família e nem com a pátria, aponta ao céu e diz: Eis a minha pátria. E eu aponto o egrégio Tribunal de Justiça e digo: Eis a minha casa”, discursou.
