Flávia Moretti diz que prioridades de sua gestão é abastecimento de água e saúde

A prefeita eleita em Várzea Grande, Flávia Moretti (PL), deu coletiva de imprensa nesta terça-feira (8), onde anunciou que já começou a definir a equipe de transição que fará um diagnóstico detalhado da atual administração do município, comandada pelo prefeito Kalil Baracat (MDB), que deixará o cargo em 31 de dezembro após ser derrotado nas eleições municipais no último domingo (6).

 

O advogado Maurício Magalhães Neto irá comandar a equipe de transição e aguarda a publicação do decreto que oficializará o início dos trabalhos.

 

Flávia também destacou duas das suas prioridades imediatas na sua gestão que é buscar soluções para problemas como a falta de água nos bairros e as longas filas de espera na saúde, especialmente para cirurgias e exames.

 

“São duas prioridades que não posso abandonar. Eu preciso acabar com essa fila na saúde e colocar uma gestão que realmente faça a diferença em Várzea Grande”, declarou a prefeita eleita.

 

Flávia também informou que seu secretariado será composto por pessoas com perfis técnicos e políticos, buscando equilíbrio entre competência e articulação política. Ela garantiu que será realizada uma auditoria em todos os contratos da prefeitura, mas reforçou que o objetivo é verificar a real situação financeira do município e ajustar a administração conforme as necessidades.

 

Sobre o número de servidores, Flávia ressaltou que todos os cargos comissionados e nomeações de função gratificada (DGA’s) serão encerrados no dia 31 de dezembro. Ela explicou que, atualmente, o município conta com aproximadamente 10 mil servidores, sendo 3 mil efetivos.

“Vamos enxugar a folha, que está superando o limite estabelecido pelo Tribunal de Contas do Estado (TCE), e trabalhar em um plano para a realização de concurso público e o reajuste salarial, incluindo a questão da RGA, após análise das contas públicas”, afirmou.

 

O vice-prefeito eleito, Tião da Zaeli (PL), reforçou que a nova gestão exigirá resultados dos servidores comissionados, não será um “caça às bruxas”, mas afirmou que a imoralidade e a corrupção não serão toleradas.

 

“Queremos entrega, independente de quem seja. Nós não estamos em caça às bruxas. A imoralidade não será aceita, a corrupção não vai ser aceita. E a Prefeitura tem um tamanho que ela pode atender. Se ela não esta atendendo o povo hoje, é porque está atendendo demandas particulares e de famílias“, disse o vice.

 

Flávia também abordou a questão do IPTU na cidade, e disse quer impedir o aumento de até 33,33% a partir do ano que vem, por força de um acordo judicial, firmando por Kaili Baracat.

“O IPTU tem que passar por lei nova. Provavelmente, vou pedir uma nota recomendatória do TCE para fazer a suspensão desse acordo em 2025”, disse.

 

“A planta genérica está fora da realidade. Tem gente vendendo casa por R$ 100 mil. E vai na Prefeitura ver o valor na planta genérica, é R$ 150 ou R$ 200 mil. Terá que ter uma revisão da planta genérica, que está supervalorizada. Somado com 33% de aumento do IPT, vai virar um caos. Não tem condições”, completou.

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