O deputado estadual Eduardo Botelho (UB), derrotado no primeiro turno da eleição municipal em Cuiabá no último domingo (6), retornou à Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT), na manhã desta terça-feira (8), reassumindo o mandato e a presidência da Casa de Leis.
Em primeira entrevista após a derrota nas urnas, Botelho foi questionado sobre as declarações de secretário-chefe da Casa Civil, Fábio Garcia (UB), que afirmou que, se ele ‘fosse o candidato do partido, teria maiores chances de alcançar o segundo turno’, Botelho preferiu não rebater.
Botelho disse ainda que não se sentiu traído por Garcia, que sinalizou apoio ao candidato a prefeito e Cuiabá, Abilio Brunini (PL) na disputa de segundo turno em Cuiabá. Botelho reforçou que o partido liberou os filiados.
“Ele ajudou muito, participou muito da campanha do primeiro turno, ajudou a orientar o marketing, ele assistia ao programa e ajudou nessa orientação. Ele fez tudo que podia no primeiro turno. No segundo turno ele está liberado evidentemente. O partido decidiu”, disse.
“Não, não. Acabou o primeiro turno, não estou no segundo e ele, evidentemente, está liberado para tomar as decisões dele. Ele fez tudo o que podia no primeiro turno. Nós não fomos e, evidentemente, ele está liberado. O partido decidiu que cada um toma suas decisões”, acrescentou.
Fabio Garcia e Eduardo Botelho travaram uma disputa interna acirrada para definir quem seria o candidato do União a Prefeitura de Cuiabá, mas Botelho acabou ficando com o cargo.
Botelho também foi questionado sobre seu terceiro lugar na corrida eleitoral. Ele atribui à crescente polarização entre esquerda e direita e sugeriu que seu projeto de campanha ficou em meio a uma guerra de narrativas ideológicas.
“Entramos em um momento de polarização que é de esquerda contra direita e aqueles que estavam convictos de que nós éramos um projeto verdadeiro para Cuiabá votaram em nós, então é isso, entramos no meio de uma guerra polarizada, um furacão polarizado”, comentou.