O governador Mauro Mendes (UB), disse que há dificuldade do diálogo com o Sindicato dos Trabalhadores no Ensino Público de Mato Grosso (Sintep), e apontou comportamento desrespeitoso contra o governo e a Secretaria de Estado de Educação (Seduc). Mendes disse inda que aguarda uma análise da Seduc para decidir se haverá corte nos salários dos professores que aderiram à paralisação na última segunda-feira (12).
De acordo com dados da Seduc, apenas 9 das 639 escolas estaduais aderiram à paralisação, o que representa 1,3% do total. Durante coletiva de imprensa na quarta-feira (14), Mendes destacou a baixa adesão ao movimento e afirmou que o governo trata todas as situações com isonomia, seguindo as regras da administração pública. Segundo ele, cabe à Seduc avaliar a situação e determinar se os servidores que participaram do ato serão penalizados.
“Eu não entrei nesse mérito [corte de salário], não discuti isso com a secretaria. Se a regra for essa, sim, se não for, não”, afirmou.
“O sindicato tem dificuldade de dialogar! Xinga muito, esculhamba muito e tenho dificuldade de dialogar com quem age dessa forma. Se fosse um diálogo respeitoso, propositivo, estamos abertos a dialogar com todos. Agora, sai na rua, me xinga, xinga o governo, a secretaria e depois quer sentar para conversar? Haja com educação para quem quer representar a educação”, disse Mendes.
Entre as principais reivindicações da categoria estão o fim do confisco das aposentadorias, a realização de concursos públicos para todos os cargos da carreira, e a valorização salarial com ganho real.
No entanto, o titular da Seduc, Alan Porto, declarou que um professor da rede estadual de ensino tem o salário de R$ 5.300 para 30 horas trabalhadas. Já o professor que trabalha por 40 horas tem remuneração de R$ 7 mil. Além disso, como valorização dos profissionais, o secretário destacou o pagamento do 14ª salário como “gratificação”.
“Isso é inédito, não tem em nenhuma rede [pagamento de 14ª salário]. Isso é valorização do profissional da educação. Estamos muito acima do piso [salarial] que é pago na maior parte do Brasil. Hoje temos, seguramente, o terceiro melhor salário entre os estados”, declarou.