Justiça mantém prisão de irmãos acusados de matar Raquel Cattani

A juíza em substituição na 3ª Vara da Comarca de Nova Mutum (a 245 km de Cuiabá), Luciana de Souza Cavar Moretti, decretou a prisão preventiva de Romero e Rodrigo Xavier. Ambos passaram por audiência de custódia na noite desta quinta-feira (25). Eles foram presos na quarta-feira (24), apontados como autores do homicídio da filha do deputado estadual Gilberto Cattani, Raquel Cattani.

Segundo familiares, Romero Xavier havia se separado de Raquel há um mês e não aceitava o fim do relacionamento. Possessivo, ele teria ameaçado a ex-esposa dizendo que se ela não ficasse com ele, “não ficaria com mais ninguém”.

Ainda segundo familiares, as ameaças deixaram Raquel aterrorizada. Ela  chegou a esconder uma faca dentro do próprio quarto e planejava instalar câmeras no sítio onde foi morta para se precaver diante do ex-marido.

Porém, Raquel foi supreendida pelo irmão de Romero, Rodrigo Xavier, na noite do dia 18 de julho. Ele ficou de tocaia para executar o homicídio minuciosamente arquitetado pelo ex-marido da empresária.

Raquel Cattani foi morta com golpes de faca. Segundo a perícia, ao todo, 34 ferimentos causados por arma branca no corpo dela.

Na tentativa de ludibriar as investigações, Romero criou álibis como almoço com os ex-sogros, churrasco com pessoas com as quais não tinha convivência estreita e a ida a boates na cidade de Tapurah, entre a tarde e a noite de execução do crime, com a intenção de reforçar que não seria considerado o principal suspeito do homicídio.

A moto de Raquel e itens pessoais foram levados da casa onde ela morava, no assentamento Pontal do Marape. O veículo foi encontrado nesta quinta-feira, submerso em um rio da região.

Durante cinco dias de investigação, 150 pessoas foram ouvidas. A perícia também realizou trabalho detalhado colhendo evidências na cena do crime em duas ocasiões. Uma pegada deixada por Rodrigo no local, inclusive, foi uma das peças chaves para elucidar o crime. Quando os policiais estiveram na casa dele para interrogá-lo sobre os fatos, encontraram uma bota com pegada compatível à da cena do crime.

Rodrigo confessou a execução e revelou que, como contrapartida do irmão, receberia a quantia de R$ 4 mil. Do valor, R$ 1,5 mil havia sido adiantado para a compra de um carro. 

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