O fazendeiro Aníbal Manoel Laurindo foi indiciado pela Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) por ser o mandante do assassinato do advogado Roberto Zampieri, 57 anos. Ele foi executado na porta do escritório dele, no bairro Bosque da Saúde, em 5 de dezembro de 2023.
A investigação comprovou a ligação entre o mandante e o intermediário, Coronel Caçadini, e o vínculo deste com os executores. Contudo, os elementos de prova restaram insuficientes para o indiciamento da esposa do mandante, Elenice Ballarotti Laurindo.
O indiciamento foi por homicídio duplamente qualificado, crime praticado à traição, de emboscada, ou mediante dissimulação ou outro recurso que dificulte ou torne impossível a defesa do ofendido; e mediante paga ou promessa de recompensa, ou por outro motivo torpe, com fulcro no art. 121 parágrafo 2º, incisos I e IV.
A motivação do crime foi disputa por terra, avaliada em R$ 100 milhões, em Paranatinga (385 km de Cuiabá), que Roberto Zampieri atuava contra a família de Aníbal. “As datas são muito coincidentes desse processo cível. No celular do coronel Caçadini nós encontramos imagens dessa ação cível, dessa disputa em específico”, disse o delegado Nilson Freitas, em entrevista coletiva para a imprensa nesta terça-feira (9).
Roberto Zampieri já havia ganhado uma ação de reintegração de posse contra o irmão de Aníbal, ao lado da propriedade em litígio com o mandante do crime.
Aníbal já chegou a ser preso pelo crime no dia 11 de março, mas foi posto em liberdade alegando ser idoso e precisar de cuidados especiais.
O Ministério Público de Mato Grosso já havia apresentado em fevereiro denúncia contra o coronel Etevaldo Luiz Caçadini de Vargas, Antonio Gomes da Silva, Hedilerson Fialho Martins Barbosa e por homicídio triplamente qualificado.
Uma resposta
Pra mandar matar covardemente o advogado tem saúde. Em cana vem com essa conversa fiada. E o judiciário embarca nesse engodo.