Denúncia do MP descarta feminicídio contra homem que matou e arrastou jovem pelas ruas de Sinop

O Ministério Público de Mato Grosso (MPE), denunciou Wellington Honorato dos Santos, de 32 anos, pelo assassinato de Bruna Oliveira, de 24 anos, praticado no dia 2 de junho, em Sinop (a 500 km de Cuiabá). Na ocasião, ele bateu a cabeça da vítima contra o chão até que ela morresse. Na denúncia, o MP divergiu da conclusão da Polícia Civil e não imputou ao acusado a qualificadora de feminicídio, mas de motivo fútil. Wellington também foi acusado de ocultação de cadáver.

Depois de matar Bruna, Wellington amarrou uma corrente no pescoço da vítima e a arrastou por diversas ruas até desová-la em um valetão do município. Em seguida, fugiu. O denunciado foi preso pela Polícia Civil em Nova Maringá (379 km da Capital) um dia depois do crime.

“Diante do exposto, o Ministério Público do Estado de Mato Grosso denúncia WELLINGTON HONORATO DOS SANTOS como incurso nas disposições do art. 121, § 2°, inciso II [motivo fútil] e artigo 211 do Código Penal, razão pela qual requer seja a presente inicial recebida, registrada e autuada, citando-o para apresentar resposta à acusação [artigo 396 do Código de Processo Penal] e se ver processado, prosseguindo-se nos demais termos e atos processuais, tudo com observância das regras esculpidas no artigo 394, § 3º e correlatos do Código de Processo Penal”, traz trecho da denúncia. 

Em depoimento, ele afirmou que cometeu o crime porque estava sob a influência de cocaína e álcool. Wellington justificou ainda que decidiu amarrar a vítima em sua motocicleta e arrastá-la pela cidade por estar em ‘surto’ e entender que precisava se desfazer do corpo.

“O suspeito alega que estava consumindo entorpecentes com a vítima, estava cheirando cocaína e bebendo álcool com a vítima e, depois, em uma discussão, ele teria ‘voado’ no pescoço dela, lançado ela ao chão, batido a cabeça com força no chão até ela desfalecer. Nesse momento, ele entendeu que teria matado ela e precisaria tirar o corpo dali. Ele teve a ideia de pegar uma corda que estava na casa, uma corda fina que teria deixado uma marca de esgorjamento, no qual o perito constatou. Depois, amarrou a corda na vítima e teve a ‘brilhante ideia’ de amarrá-la na moto e sair arrastando pela cidade”, explicou a delegada Renata Evangelista em coletiva de imprensa à época dos fatos.

O denunciado está preso preventivamente e poderá ser pronunciado ao Tribunal do Júri. 

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