A Procuradoria da Câmara de Cuiabá rejeitou o pedido apresentado pelo Conselho Regional de Medicina de Mato Grosso (CRM-MT), que pedia a abertura de procedimento ético contra o vereador Marcrean Santos (MDB), sobre acusação de dar “carteirada”, na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do antigo Pronto Socorro de Cuiabá para obter informações sobre uma paciente.
Conforme o parecer da Câmara, o processo apresentado não constava com alguns documentos necessários para dar encaminhamento, como falta de título de eleitor e de quitação eleitoral do autor da solicitação.
O CRM adiantou que vai providenciar todas as certidões necessárias e irá reapresentar o pedido.
Entenda o caso
Marcrean está sendo alvo de processos éticos em que pede sua cassação devido a uma confusão que ocorreu na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do antigo Pronto Socorro de Cuiabá na última semana.
O servidor médico Marcus Vinícius Ramos de Oliveira apresentou uma representação relatando que o Macrean utilizou de seu cargo público para intimidá-lo durante o expediente de seu trabalho. Ele ainda denunciou que o parlamentar aos gritos proferiu ameaças de forma de apavorá-lo para que conseguisse informações de interesse pessoal fora do horário estipulado.
Diante dos fatos, o vereador Rogério Varanda (PSDB), anunciou que também vai representar o emedebista na Comissão de Ética e Decoro Parlamentar. Ele acusou seu colega de ter cometido falsidade ideológica.
Segundo Varanda, Marcrean usou o nome de Zé Maria para entrar no local com a justificativa de que iria visitar um parente de terceiro grau que estava internado no hospital. O parlamentar disse ainda que o emedebista usou de mentiras para se defender contra a acusação. E ressaltou que Marcrean entrou no local no momento indevido, o que poderia atrapalhar a atividade dos servidores que atuam na UTI e, consequentemente, o tratamento dos pacientes.