O Ministério Público pediu a transferência de Carlinhos Bezerra, de 58 anos, do presídio Ahmenon Lemos Dantas, em Várzea Grande, para a Penitenciária Central do Estado (PCE), em Cuiabá. O requerimento foi assinado pelo promotor de Justiça Jaime Romaquelli. Carlinhos assassinou a tiros sua ex-companheira Thays Machado, e o então namorado dela, Willian Moreno, em Cuiabá, no ano passado.
No documento apresentado pela defesa, apontou que presídio Ahmenon, em Várzea Grande não possui estrutura médica adequada para tratar o réu.
No entanto, uma denuncia em abril deste ano apontou que Carlinhos, que recebe tratamento Vip em VG, possuindo utensílios particulares, colchão e um cubículo só para ele. Ocorre que o Ahmenon está com déficit de médicos e estrutura para atendimentos clínicos aos presos e, por isso, a defesa de Carlinhos postulou que ele pudesse sair da unidade prisional para realizar exames pré-operatórios, inclusive com escolta de agentes penitenciários.
Segundo a defesa, o réu irá passar por cirurgias oftalmológica, consistente em facetomia com implante de lente intraocular em ambos os olhos, e vascular, nas varizes em membros inferiores.
“O estabelecimento prisional não possui as condições adequadas para a realização de qualquer procedimento, tendo em vista a ausência de profissionais habilitados para tanto” (idem), “a Penitenciária Ahmenon de Lemos Dantas atualmente não conta com nenhum médico habilitado para atendimento dos custodiados”, sustentou a defesa.
Para que Carlinhos não volte a transitar tranquilamente pela cidade, como o fez quando o Tribunal de Justiça lhe concedeu domiciliar, o promotor Romaquelli, então, postulou que ele seja transferido à PCE, unidade que possui a estrutura adequada para prestar os serviços médicos que ele necessita.
“Que seja determinada a transferência do requerente para um dos presídios com maior estrutura, preferencialmente a PCE, bem como sejam ratificadas as determinações anteriores para avaliação acerca da imprescindibilidade e urgência (se são ou não imprescindíveis e urgentes) das cirurgias cogitadas, bem como sobre a possibilidade de realização dentro da própria estrutura do sistema penal, cabendo ao departamento médico decidir se tais cirurgias podem ser realizadas dentro da estrutura posta a serviço do sistema prisional ou se necessita que seja promovida em clínicas independentes”, sustentou o promotor.