A juíza do Núcleo de Audiências de Custódia, Monica Catarina Perri Siqueira, decidiu converter em preventiva a prisão de Mike Bruno Leite Pereira, suspeito de assassinar a esposa Juliana Alves Pereira dos Santos. Caso ocorreu em Cuiabá no dia 31 de maio.
Na ocasião, Juliana deu entrada no Hospital Municipal de Cuiabá (HMC) já sem pulso palpável. A equipe médica tentou reanimá-la por cerca de 40 minutos, mas não houve resposta, sendo declarado o óbito por volta das 7h do dia 31 de maio.
O acusado convivia com Juliana há cerca de quatro anos, a acompanhou até o hospital e relatou aos médicos que a vítima tinha ingerido uma substância chamada Azulim, utilizada para limpeza de alumínio. No entanto, a equipe observou na vítima e no suspeito sinais de agressões recentes. Mike, por exemplo, apresentava ferimentos compatíveis com arranhões.
Com os indícios de violência doméstica, o hospital acionou a Polícia Militar que colheu o depoimento de Mike Bruno no sentido de que não houve briga e que a vítima supostamente teria ingerido Azulim. A mãe de Juliana também foi ouvida e indicou que a filha sofria com agressões e com o ciúme excessivo do companheiro. Ainda segundo a mãe, na véspera da morte, ela teria falando que tinha intenção de se separar.
Juliana também havia confidenciado ao padrasto que no dia 25 de maio foi agredida com chutes e “capacetadas”. A mãe da vítima acrescentou ainda que ela era uma pessoa alegre, não tomava nenhum tipo de remédio e jamais havia feito menção a se matar.
Nesse sentido a juíza ponderou que, em que pese a versão de suicídio apresentada pelo acusado, as lesões encontradas na vítima e os relatos da família dela indicam a materialidade e autoria do crime.
A magistrada também fundamentou a decisão na necessidade de garantia da ordem pública, diante da presumida gravidade do crime.