Aproximadamente 20% do território brasileiro são compostos por áreas úmidas. Mato Grosso possui 3 grandes áreas úmidas que juntas correspondem a aproximadamente 4,9 mil quilômetros de extensão. Hoje (2), é comemorado o Dia Mundial das Áreas Úmidas, data que visa promover a cooperação internacional e incentivar as ações nacionais no sentido de promover uma gestão racional e sustentável das zonas úmidas.
Sema/MT
O pantanal é a maior planície alagada do mundo e o bioma se concentra entre os estados de Mato Grosso e Mato Grosso do Sul. No entanto, não apenas o pantanal é considerado área úmida. Diversas outras áreas localizadas também em Mato Grosso são consideradas áreas úmidas e precisam ser preservadas.
Conforme Paulo Teixeira, professor e coordenador do Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia em Áreas Úmidas (Inau), em entrevista ao Jornal do Meio Dia dessa terça-feira (31), a definição de área úmida é muito ampla e varia de tamanho.
“As áreas úmidas são muito diversificadas. O mague, as veredas, o pantanal e o lago do manso são exemplos de áreas úmidas, mesmo que este último seja artificial”, comentou.
Um levantamento realizado pelo Centro de Apoio Técnico à Execução (Caex) Ambiental do MPMT em parceria com a Secretaria de Estado de Meio Ambiente de Mato Grosso (Sema-MT), revela que o estado abriga três grandes áreas úmidas sendo elas: Pantanal do Paraguai, Guaporé e Araguaia. Juntas, elas abrigam 5,434 drenos, que correspondem a aproximadamente 4,9 mil quilômetros de extensão.
Um levantamento em parceria Inau está sendo desenvolvido para localizar as regiões de áreas úmidas no país e ter em números oficiais o tamanho no território brasileiro.
“Primeira coisa que é preciso para conservar a área é saber onde ela está. Essa é a importância deste inventário que está sendo feito agora pelo Inau para atender uma demanda do Ministério do Meio Ambiente”, comentou.
Dia Mundial das Áreas Úmidas
A data foi instituída em 1997 para homenagear a Convenção sobre Zonas Úmidas, conhecida como Convenção de Ramsar, que neste ano tem como tema: “É hora de restauração das áreas úmidas”.
A Convenção de Ramsar é um tratado intergovenamental que estabelece marcos para ações nacionais e para a cooperação entre países com o objetivo de promover a conservação e o uso racional de áreas úmidas no mundo. Essas ações estão fundamentadas no reconhecimento, pelos países signatários da Convenção, da importância ecológica e do valor social, econômico, cultural, científico e recreativo de tais áreas.
O Brasil é signatário da convenção desde 1990. No âmbito nacional, cada parte contratante designa uma autoridade administrativa como ponto focal, dentro da estrutura governamental, responsável por coordenar a implementação dos compromissos da Convenção. No Brasil, esse papel cabe ao Ministério do Meio Ambiente.
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