O empresário Antônio Ernani Kuhn, irmão da primeira-dama de Cuiabá Márcia Pinheiro, foi preso em flagrante na manhã desta terça-feira (28), durante a Operação Miasma, da Polícia Federal, no âmbito da Operação Miasma que investiga fraudes em contratos e peculato na Secretaria de Saúde de Cuiabá, portando um revólver da marca Rossi calibre 22.
Antônio foi alvo de um mandado de busca e apreensão em sua residência, no Edifício Diplomata, no Bairro Araes, mas durante o cumprimento os policiais federais encontraram a arma de fogo irregular.
A Polícia Federal arbitrou fiança de R$ 30 mil para que Antônio Ernani fosse liberado da prisão. Além dele, outras três pessoas da família da primeira-dama, Claudeny Martins Rezenda Kuhn, Camila Nunes Guimarães Kuhn e Ernani Rezende Kuhn, são investigados pela PF.
Operação Miasma
As apurações da Polícia Federal tem como foco contratos de fornecimento de software de gestão documental, no valor aproximado de R$ 14 milhões, e a formalização e execução de contratos de locação de vans e ambulâncias pela Secretaria Municipal.
No caso do contrato de tecnologia, as apurações apontam indícios de montagem no processo de adesão à ata de registro de preço, com participação de diversas empresas parceiras, bem como que a liberação e pagamento das licenças do software não possuíam correlação com a efetiva implantação e adesão à funcionalidade.
Após o pagamento de mais da metade do contrato, o ente público, por portaria, estabeleceu o uso de sistema de informação diverso para a gestão documental da unidade.
Já sobre as vans e ambulâncias, apurou-se que a empresa contrata serquer tinha capacidade técnica para honrar o contrato.