O custo da cesta básica em Cuiabá segue aumentando. Pela terceira semana consecutiva, o mantimento considerado essencial para a subsistência de uma família de quatro pessoas em Cuiabá apresentou o terceiro aumento consecutivo no preço, desta vez de 2,48%, alcançando, assim, o valor de R$ 777,12.
O avanço nominal de R$ 18,82 sobre a semana anterior foi influenciado por oito dos 13 alimentos que demonstraram alta, com maior impacto na batata, no tomate e no café. A alta expressiva também contribuiu para deixar o custo da cesta básica 1,79% superior aos R$ 763,00 averiguados na terceira semana de maio do ano passado.
As questões climáticas afetaram, em maior grau, os preços dos alimentos, interferindo, inclusive, na elevação do seu custo sobre o mesmo período do ano passado, como reforça o presidente da Fecomércio-MT, José Wenceslau de Souza Júnior. “Pela terceira semana consecutiva, o preço da cesta básica mostra crescimento em Cuiabá e retoma agora um patamar superior na comparação com o ano passado, o que incide sobre a organização das famílias e as escolhas de consumo.”
O aumento expressivo para o preço médio da batata, de 22,65% e passando de R$ 7,20/kg na semana passada para R$ 8,84/kg esta semana, pode estar ligado à adversidade climática enfrentada no sul do país, região que também produz o tubérculo, assim como o fim da safra das águas tem impactado sua oferta. Além disso, o crescimento no preço deixou o valor atual em um patamar de 60,45% na comparação anual, quando o preço médio era de R$ 5,51/kg.
Em relação ao crescimento no preço médio do tomate, que na semana passada se mostrava em R$ 9,16/kg e após apresentar crescimento de 6,93%, passou para R$ 9,79/kg, pode estar ligado às questões climáticas, com as chuvas incidindo sobre a qualidade do fruto, associadas a uma colheita ainda lenta da safra de inverno. O valor atual está 16,70% maior em relação à mesma semana do ano passado.
O superintendente da Fecomércio-MT, Igor Cunha, lembrou dos efeitos das chuvas que ainda afetam a região Sul do país, interferindo nos custos dos alimentos. “Essas adversidades já podem ter impactado no preço dos alimentos, pois a região é uma grande produtora agropecuária. Questões logísticas também podem ter influenciado em culturas que não foram afetadas diretamente, mas acabam interferindo na dinâmica da oferta de produtos, como a batata e o tomate nesta semana. Ainda há uma preocupação com o comportamento do arroz nas semanas posteriores.”