O vereador Wilson Kero Kero (Podemos), presidente da Comissão Processante que pode cassar o prefeito Emanuel Pinheiro (MDB), soltou duras críticas contra a vereadora Edna Sampaio (PT) após ela dizer que os vereadores estariam usando a comissão como palanque eleitoral.
Edna estava atuando na Comissão Processante junto com Wilson Kero Kero e o vereador Rogério Varanda (PSDB), mas anunciou sua saída na terça-feira (30). Ela alega que os colegas estariam desrespeitando o rito legal de maneira proposital para levar à nulidade o processo de cassação do prefeito.
Durante a sessão desta quinta-feira (2), Wilson Kero Kero rebateu a petista e disse que a atitude de Edna é que beneficia Emanuel.
“Mamão com açúcar foi o que ela provocou. Ela provocou um imbróglio político nunca visto antes nesta Casa, deixou a Comissão em uma situação extremamente complicada. Desrespeitosa. […] Eu entendo que ela literalmente prejudicou, para não dizer que ela enterrou a Comissão”, afirmou.
“Mais uma vez tentando induzir a população ao erro, colocando nós em uma situação de suspeição. Eu devolvo isso, acho que com a retirada da vereadora Edna a minha avaliação é que ela criou um caminho jurídico hábil para o prefeito questionar a Comissão”, acrescentou.
A comissão deveria começar as oitivas das testemunhas do prefeito já nesta sexta-feira (3), porém, com a saída de Edna os depoimentos foram desmarcados.
Segundo o vereador, todo o calendário que havia sido previamente organizado na segunda-feira (29) será remanejado e as testemunhas serão convocadas novamente na próxima sexta-feira (10).
Para Kero Kero, Edna tenta criar uma “cortina de fumaça” sobre a Comissão Processante que ela mesma responde na Casa. Devido ao prejuízo citado pelo parlamentar, ele ameaçou fazer uma denúncia contra a petista por quebra de decoro.
“Vem aqui na tribuna, vai na mídia, cria uma cortina de fumaça, sendo que o que está por trás da Comissão Processante que ela responde: maltrata funcionário, não quer saber, bate porta na cara dos meninos que vão fazer as notificações, não se defendeu… Esse problema não é nosso”, disse.
“Agora, vir aqui, criar uma cortina de fumaça e dizer que estamos trabalhando em função de A e B cabe até uma representação por [quebra de] decoro. Ela tem que vir aqui e provar como está sendo feito esse trabalho para beneficiar A e B como ela está dizendo”.