A defesa do Capitão Daniel Alves, do Corpo de Bombeiros Militar de Mato Grosso, investigado pela morte do aluno soldado Lucas Veloso Peres, 27 anos, declarou em nota à imprensa que existem provas substanciais, em gravações e fotografias do dia do curso aquático que Lucas Veloso veio a falecer, corroborando a conduta profissional do Capitão.
Patrocinada pela advogada Priscila Alves, a defesa ainda alegou que muitas das informações têm se mostrado inconsistentes com os fatos verificados, portanto, eles aguardam o término do inquérito, reiterando a inocência do investigado.
Daniel Alves, que é conhecido como “D. Alves”, é investigado no inquérito policial militar (IPM) sobre a morte de Veloso. O procedimento investigativo é presidido pelo coronel Dércio Santos da Silva, que foi nomeado pela Corregedoria-Geral. O capitão se tornou instrutor do curso de salvamento aquático em julho de 2023, conforme publicação no Diário Oficial de Mato Grosso.
No dia da morte de Veloso, alunos do curso de formação discutiram sobre o tema em um grupo do WhatsApp e um deles sugeriu que a vítima levou um “caldo” – termo que se refere quando a cabeça é afundada na água para testar resistência.
Outros alunos chegaram a afirmar que viram parte da ação, mas só irão falar sobre o caso na
Justiça. O laudo de necropsia da Perícia Oficial e Identificação Técnica (Politec) apontou que ele morreu de asfixia por afogamento.
Confira a nota na íntegra:
A Assessoria Jurídica do Capitão Daniel Alves do CBMMT, diante da complexidade das circunstâncias e alegações relacionadas ao caso do Aluno Soldado Lucas Veloso, respeitando o sigilo do Inquérito Policial Militar em curso, esclarece à opinião pública e à mídia os seguintes pontos:
Condolências e Compromisso: Estendemos nossas mais sinceras condolências à família do Aluno Soldado Lucas Veloso com o máximo respeito necessário; e reafirmamos nosso compromisso inabalável com a justiça e a verdade.
Cooperação Total: O Capitão Daniel Alves tem cooperado plenamente com as investigações, respondendo a todos os questionamentos das autoridades e participando ativamente na
reconstituição dos eventos.
Esclarecimento das Provas: Informamos que existem provas substanciais, incluindo gravações e fotografias do dia do evento, que corroboram a conduta profissional do Capitão, conforme os termos da Lei e suas declarações.
Retificação das Informações Iniciais (direito de resposta): Esclarecemos que as alegações iniciais baseadas em mensagens de texto via WhatsApp foram prontamente refutadas pelo seu autor, que admitiu não ter presenciado os eventos relatados. Essa precipitação resultou em uma cadeia de notícias que não corresponde aos fatos, afetando negativamente a imagem do Capitão, que reitera sua inocência perante à justiça e à sociedade, em manifestação ao seu direito constitucional de resposta.
Posição sobre a Cobertura da Mídia: Enfatizamos a importância de uma análise meticulosa e paciente das informações, muitas das quais têm se mostrado inconsistentes com os fatos verificados. Aguardamos o término do inquérito para esclarecimentos adicionais, em respeito
ao seu sigilo; todavia, reiteramos desde já a inocência do Capitão.
Compromisso com a Transparência: Esta Assessoria, de responsabilidade da Advogada subscrevente, permanece à disposição para colaborar com os veículos de comunicação, assegurando que todas as informações sejam compartilhadas dentro dos parâmetros legais e
éticos.
