A investigação da Polícia Federal apura fraudes em contrato de R$ 9 milhões que foi firmado entre a Caixa Federal e a prefeitura de Barra do Garças (511 km de Cuiabá) para a revitalização da Orla do Rio Garças e da Praça Domingos Mariana.
O esquema de corrupção teria atuação desde a elaboração dos projetos, a realização das licitações e execução das referidas obras. Segundo apurado, os procedimentos licitatórios teriam sido direcionados para beneficiarem determinadas empresas, as quais não teriam condições técnicas de executar o contrato, sendo contempladas, inclusive, empresas não ligadas à área de construção de obras, além de utilização de empresas de fachada para forjar competividade.
O prefeito Adilson Gonçalves esclareceu que as supostas irregularidades remontam ao ano de 2020, anteriormente à sua gestão. Ele assumiu o cargo em 2021.
De acordo com as informações fornecidas pelo prefeito, ao assumir o cargo, verificou-se que as empresas contratadas para realizar as obras não possuíam condições financeiras nem estrutura adequada para executá-las. Diante dessa constatação, medidas foram tomadas, incluindo contatos com a Caixa Econômica Federal e a rescisão dos contratos em 2022.
“Quando assumi a gestão, tomei medidas para que a rescisão do contrato ocorresse e quero dizer que me coloquei à disposição da Polícia Federal para fornecimento de documentos, friso que não existe nenhuma regularidade durante a minha gestão”, afirmou.
Atualmente, as obras encontram-se paralisadas, e a Prefeitura está colaborando com a Caixa para resolver todas as irregularidades apontadas, desde questões relacionadas ao projeto até licenças ambientais.
Adilson Gonçalves assegurou que qualquer eventual envolvimento de servidores será devidamente apurado tanto pela polícia quanto pelo órgão administrativo competente.
“A situação atual é que os dois convênios estão no status de obra paralisada e a Prefeitura vem buscando solução junto à Caixa Econômica Federal com objetivo de sanar todas as irregularidades que vão desde o projeto, renovação de licenças e há indícios de que viriam irregularidades desde a expedição de licença ambiental”, diz trecho da nota.