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A deputada Janaina Riva afirmou que a possível aliança do MDB com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) nas eleições de 2026 inviabilizará seus projetos políticos, e por isso ela deixará a sigla.
“Eu não disputo uma eleição em uma coligação junto com o presidente Lula. Em Mato Grosso, a possibilidade de estar alinhada ao Lula impossibilita um projeto maior”, disse.
Janaina promete que nas próximas eleições não disputará a reeleição, e irá alçar voos mais altos. A intenção é disputar um cargo majoritário: Governo do Estado ou Senado, ou ainda um cargo à Câmara Federal.
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“Não tem como eu pensar em uma candidatura a majoritária e eu tendo que estar coligada com o presidente Lula. Isso está pacificado. Por isso o prazo da janela partidária, de certa forma, acaba sendo bom porque teremos um cenário mais claro de que partido vai estar com quem”, afirmou.
Crítica ao governo Lula, Janaina afirmou que não acredita em uma gestão “excepcional” do petista. Por isso, se a aliança do MDB e Lula continuar, ela deixará a sigla assim que abrir a janela partidária em 2026.
“Eu não tenho grande expectativa com relação ao Governo Lula. Torço para que vá bem, mas não acredito que será um governo excepcional. Creio que ele enfrentará uma forte candidatura de direta. Não sei quem vai ser, mas tem vários nomes colocados, e em Mato Grosso ganha as eleições [o nome de direita]”, disse.
O MDB, hoje, ocupa três ministérios no Governo Lula. O apoio atual, no entanto, não é consenso dentro da sigla, segundo Janaina.
Carta do ex-presidente Temer
Em carta escrita no dia 25, o ex-presidente Michel Temer (MDB) respondeu a declaração de Lula de que ele teria se tornado presidente, não por meio de impeachment, mas por um “golpe de estado”.
Ele acusou Lula de “insistir em manter os pés no palanque e os olhos no retrovisor, agora tentando reescrever a história por meio de narrativas ideológicas”.
Janaina afirmou que a carta repercutiu nos grupos emedebistas de maneira positiva, o que demonstraria que o apoio a Lula não é unanime.
“A carta do presidente Temer repercutiu muito nos grupos do MDB. Muito mesmo. O partido é muito grande e tem muita divergência interna. Apesar de hoje ter três ministérios, grande parte do partido que hoje esta com presidente Lula tem rejeição dentro do próprio partido”, disse.