Desacordo comercial seria razão de assassinato de empresário no Shopping Popular

Um desacordo comercial entre o empresário Gersino Rosa dos Santos, de 43 anos, o Nenê Games, e Girlei Silva da Silva, conhecido como “Maranhão”, teria sido o motivou da execução de Maranhão, crime ocorrido em Cuiabá no ano passado. Por vingança, mãe e irmão de Girlei teriam contratado o pistoleiro Silvio Júnior Peixoto, em Minas Gerais, para assassinar Nenê. A versã foi apresentada pela Polícia Civil nas investigações sobre o desfecho do duplo assassinato ocorrido no Shopping Popular de Cuiabá, em novembro passado.

Jocilene Barreiro da Silva e Wanderlei Barreiro da Silva, mãe e irmão de Maranhão, são apontados como mandantes do homicídio de Nenê, ocorrido em 23 de novembro, no Shopping Popular de Cuiabá. Eles foram presos em Campo Grande, Mato Grosso do Sul, na tarde desta terça-feira (2), pela Polícia Civil de Mato Grosso.

Girlei foi morto a tiros no dia 9 de novembro do ano passado, no bairro Jardim Santa Laura, cerca de 15 dias antes da execução de Nenê, no Shopping Popular.

Maranhão foi levado à Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do bairro Morada do Ouro, mas já chegou morto no local. Segundo o boletim de ocorrência, o corpo precisou ser removido com urgência para o Hospital Municipal de Cuiabá (HMC) devido à ‘ação agressiva’ de familiares na UPA.

No entanto, no mesmo documento policial, consta que os policiais não encontraram nenhum familiar para prestar depoimento sobre local, motivação ou suspeito de cometer o crime, à época.

Em entrevista à TV Centro América, o delegado Nilson Farias, da Delegacia Especializada de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), que está à frente do caso, afirmou que a Polícia Civil não acredita que Nenê seja o mandante do homicídio de Maranhão.

“Devido ao fato de eles [Jocilene e Wanderley] entenderem que quem mandou matar o filho deles foi o Nenê Games, por causa de um desacordo comercial, que a Polícia Civil não acredita nessa tese, de que tenha sido o Nenê, mas, por acreditarem, eles contrataram um jovem em Uberlândia [para matar]”, afirmou Farias.

O executor em questão é Silvio Júnior Peixoto. Ele foi preso em Uberlândia (MG), no dia 25 de março deste ano. O pistoleiro já era conhecido dos familiares de Maranhão, que deram todo o apoio tático para que ele viesse a Cuiabá executar o crime. Ele recebeu R$ 10 mil pelo serviço. À ocasião, o disparo transfixou e ainda atingiu Cleyton de Oliveira de Souza Paulino, de 27 anos, funcionário de outra loja e que não era o alvo, mas que também morreu na ocorrência.

O delegado explicou que depois de matar Nenê, os supostos mandantes foram até Jaciara (143 km de Cuiabá) e compararam uma passagem de ônibus para que Silvio retornasse à cidade mineira.

“Ele [Silvio] foi para Campo Grande e, de Campo Grande, os três vieram para Cuiabá. Os mandantes entregaram a arma para o pistoleiro e ele efetuou o fatídico disparo que atingiu duas pessoas. Saiu de Cuiabá e foi para Jaciara. De lá, compram passagem de ônibus para o executor, que foi pra Uberlândia, e os mandantes retornam para Campo Grande, para continuar suas vidas normalmente”, contou Nilson.  

Jocilene Barreiro da Silva e Wanderlei Barreiro da Silva devem chegar a Cuiabá nesta quinta-feira, uma vez que o Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul (TJMS) autorizou o recambiamento dos acusados para a capital mato-grossense.

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