Da criação de peixes a um restaurante especializado em pescados. O trabalho da família do Seu Manoel e da Dona Eva, com espírito empreendedor, garante renda com a piscicultura em uma propriedade rural de pouco mais de 12 hectares em São José do Quatro Marcos, região oeste de Mato Grosso.
Parte da área do sítio é ocupada por pastagens e um rebanho entre 35 e 40 cabeças. Dependendo da época, a pecuária é focada na parte de criação.
Há 15 anos, a principal atividade é a piscicultura. Começaram com cinco tanques e hoje, ao todo, são 14 tanques que somam uma lâmina d’água de, aproximadamente, um hectare.
“Quando nós começamos a piscicultura nós éramos em 14 e vinha aquela luta longa e a gente mexendo. Vai, não vai… Hoje, eu considero que sou o único dos 14 na atividade”, afirma Manoel Meireles.
Durante o tempo, seu Manoel explorou o turismo rural e transformou o sítio em um pesque-pague. Caso a pessoa não tivesse sorte na pescaria, ainda assim, poderia levar um peixe para a casa.
Aos fins de semana, um tanque de concreto fica cheio de peixes para quem quiser comprar e levar para a casa.
Agora a visão é outra. Seu Manoel pretende vender pescado processado e para isso, montou um pequeno abatedouro, dentro das normas sanitárias exigidas por lei.
“Quero trabalhar em cima das regras. Se eu for trabalhar fora do que é a exigência do mercado, não vou chegar a lugar nenhum”, comenta Manoel.
Seu Manoel recebeu a assessoria do consórcio das nascentes do Pantanal e da Empaer. Porfírio dos Santos, é o responsável técnico da Empaer e responsável pelo projeto. Ele explica que a inspeção tem a mesma cobrança de uma grande empresa devido às questões sanitárias.
“Você está trabalhando com alimentos que vão ser consumidos por humanos. A gente vai trabalhar, na propriedade, em uma escala menor. Por ser uma agroindústria pequena, ele não precisa construir banheiros, uma vez que fica perto da sua residência. Esse custo será menor”, explica Porfírio.
Com espírito empreendedor, seu Manoel decidiu diversificar ainda mais a atividade, agregando valor à piscicultura. Para ter mais uma fonte de renda dentro do sítio, recentemente montou um restaurante que serve diversos pratos à base de peixe.
O local funciona aos fins de semana e por ser próximo à cidade, sempre fica cheio. Com a nova fonte de renda, acabou movimentando a economia da cidade criando oito vagas de emprego, entre garçons e cozinheiras.
A dona Eva é quem comanda a cozinha. “Eu que frito o peixe e ajudo a minha filha. Aqui tem tambaqui, tambatinga, pintado à tilápia… Eu que faço o molhinho, que o povo quer e pede receita. A gente está aqui pra servir todo mundo”, frisa Eva Aparecida.
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