A 31ª edição do projeto Peixe Santo foi cancelada após a empresa habilitada para a comercialização do pescado enviar comunicação oficial de desistência nesta segunda-feira (25). O projeto que seria realizado nos dias 27, 28 e 29 de março. A Empresa Pescado Assunção Ltda, com o nome fantasia Peixe do Cerrado, foi habilitada no credenciamento 001/2024 do Chamamento Público da Prefeitura de Cuiabá. A 31ª edição do Projeto Peixe Santo seria nos formatos drive-thru e pontos fixos.
A empresa alegou incapacidade de atender à demanda, dois dias antes do início do evento, sem qualquer aviso prévio.
Segundo a Prefeitura, o certame estabeleceu que era de responsabilidade exclusiva da empresa todo o manuseio, transporte e armazenamento do pescado, seguindo as diretrizes impostas pelos ritos legais que a comercialização exige, conforme as orientações da vigilância sanitária.
O cancelamento chamou atenção da oposição de Emanuel. O vereador Dilemário Alencar (Podemos) afirmou nesta terça-feira (26) que o cancelamento do Peixe Santo, pela Prefeitura de Cuiabá, representa a falência da gestão do emedebista.
“O cancelamento demonstra e comprova a falência da gestão do prefeito Emanuel Pinheiro. A cidade toda esburacada, cheia de matagal, bueiros escorrendo nas ruas e, agora, a área social na decadência. Por que cancelar? Por que a prefeitura não deu conta do recado? Isso é sinônimo da decadência financeira, das dívidas de mais de R$ 1,2 bilhão. É uma perda significativa”, considerou.
“O Peixe Santo já tem uma tradição de mais de 30 anos e fomenta a agricultura familiar na área da piscicultura, porque oportunizava os pequenos produtores e criadores de peixe a ofertar seus produtos diretamente para os consumidores através da venda em pontos estratégicos espalhados pelos bairros de Cuiabá”, acrescentou.
O projeto existe há 30 anos e previa comercializar, a preços atrativos, 80 toneladas de peixes durante a Semana Santa de 2024. Dilemário afirmou que pequenos produtores e a população carente são os mais prejudicados pelo cancelamento. O vereador observou que a tradição de comer peixe na Semana Santa, comumente seguida pelos cuiabanos, é prejudicada pelo cancelamento do programa.
“É uma decadência na área cultural e religiosa, porque o povo brasileiro é de maioria cristã, gosta de comer o peixe durante a Semana Santa. Muitas famílias, principalmente as mais carentes, podem ficar prejudicadas”, disse.
