Cinco deputados da bancada de Mato Grosso na Câmara Federal assinaram o pedido de abertura de impeachment contra o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), após declaração dele comparando as ações de Israel contra o grupo terrorista Hamas na Faixa de Gaza ao Holocausto. Até o momento, o pedido já conta com o apoio de 100 deputados federais.
Na Etiópia, Lula declarou que “o que está acontecendo na Faixa de Gaza com o povo palestino não existe em nenhum outro momento histórico. Aliás, existiu, quando Hitler resolveu matar os judeus”.
A iniciativa é encabeçada pela deputada federal Carla Zambelli (PL-SP). Para ela, tais declarações configuram um crime de responsabilidade de acordo com o Artigo 5º da Constituição Federal. Ela acusa o presidente de “cometer ato de hostilidade contra nação estrangeira, expondo a República ao perigo da guerra, ou comprometendo-lhe a neutralidade”.
“Lula incentiva a injúria racial e incorre em crime de responsabilidade previsto no art 5° da Constituição Federal, o que corrobora também com a fala do primeiro-ministro de Israel que demonstrou de imediato seu veemente repúdio. Isso enseja o pedido de impeachment que estamos apresentando contra o mandatário da nossa nação, que expôs-nos a perigo de guerra, como medida da aplicação da mais inteira e urgente Justiça”, explica Zambelli, em nota enviada à imprensa.
De Mato Grosso, assinaram deputados apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), sendo, Abílio
Brunini (PL), Amália Barros (PL), Coronel Assis (União Brasil), Coronel Fernanda (PL) e José Medeiros
(PL).
Nas redes sociais Abilio ressalta que o presidente, ao fazer a comparação, expõem o país a perigo de guerra.
“Eu quero dizer para você que não é nenhuma surpresa do Lula apoiar um grupo terrorista e receber apoio do grupo. Agora o que o Lula está fazendo construindo essa narrativa comparando o que aconteceu com o povo judeu e Hitler, as consequências serão grandes. O Brasil vai pagar caro pelas decisões que o Lula está tomando em defender o grupo terrorista”, declara o parlamentar.
O coronel Assis também se manifestou por meio das redes sociais e apontou a fala do presidente como vergonha nacional.
“Vergonha suprema. Nunca antes na história um Presidente brasileiro havia sido declarado “Persona non grata” por um país estrangeiro. Lula se torna o primeiro presidente brasileiro da História a ser banido de um país”, diz post.