WILSON CARLOS FUÁH
Há momentos na vida em que temos que viver de solidão momentânea, e isso é bom, para planejarmos as novas etapas das nossas vidas.
Raras vezes passamos por essa situação, e quando a solidão não é programa, com certeza é mais difícil de superar.
Mas, geralmente as pessoas abandonadas por uma quebra de relacionamento, sofrem mais ao recebeu um não, porque não preparou para o aprendizado que o levaria a compreender as coisas do mundo e as suas inter-relações, em sendo assim, eis que surge a grande tormenta do ser humano ter que viver numa solidão obrigatória, e a partir daí, tem que buscar intermitentemente o conhecimento para conviver pacificamente com o passado de alguém, que o deixou sem o presente, porque continua a viver do passado, e sim, as suas decisões sem planejar ou no desespero das fugas do passado, pode embarcar em seguidas precipitações ou escolhas erradas que nunca trarão a paz desejada para consigo mesmo.
Mas, o importante é saber desenvolver o sentimento de aceitamento e de autocontrole, e não sentir para sempre as dores de um sentimento de alguém que partiu, mas agora, por força do inesperado fim de ciclo, só restou a sua própria companhia, mas enquanto não há uma parceria para viver uma vida em dupla e de pacto de amor.
Ao ser comunicado pelo nada que a partir de agora, deverá seguir assim, tendo como companhia a sua imagem no espelho e falando consigo mesmo o tempo todo, onde a sua voz é única e determinante nas perguntas e nas resposta, mas fica uma certeza que necessariamente terá que achar alguém para ocupar o lugar que ficou vago.
As separações por abandono não combinado, podem trazer os piores dos sofrimentos, e vem da realidade pós sonho, e vai muito além do sofrimento moral, e pode até atingir o sofrimento espiritual, é aquele sofrimento que é capaz de paralisar qualquer caminhante, retarda os passados que poderiam continuar caminhando para realizar o seu pacto existencial.
O importante é ter a consciência que em momento de isolamento, também serve para conhecermos a nós mesmos, e admirar ou discordar de algumas coisas que criamos ou adquirimos durante as nossas vidas, mas saiba que a crítica que sai de nós, para com nós mesmos, é uma forma de autoanálise.
E, isso é muito bom.
WILSON CARLOS FUÁH – é Economista, Especialista em Recursos Humanos e Relações Sociais e Políticas.
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