Advogado e empresário são presos em operações que investiga fraudes nos cofres públicos de mais de R$ 370 milhões

O advogado Elisandro Nunes Bueno e o empresário Bruno Cicaroni Alberici foram presos preventivamente no âmbito da Operações Déjà vu e Odisseia, na manhã desta quarta-feira (31), deflagrada pela Delegacia Especializada de Crimes Fazendários (Defaz). A ação busca desmantelar dois grupos criminosos que causaram prejuízos aos cofres públicos que ultrapassam os R$ 370 milhões, por meio de diversas fraudes fiscais relacionadas ao ICMS.

Os agentes cumpriram mandado de busca e apreensão no bairro Ribeirão do Lipa, em Cuiabá, na Casa de Bruno Alberici, e na residência de Elisandro Nunes Bueno, que fica localizada no bairro Morada do Ouro.

Um 3º mandado de prisão foi expedido contra outro empresário, mas não foi cumprido. O nome do alvo não foi revelado pela Polícia Civil.

Participam também da operação agentes do Ministério Público (MPE) com o apoio da Secretaria de Fazenda do Estado (Sefaz).

Além dos mandados de prisão, foram expedidos pelo Núcleo de Inquéritos Policiais (Nipo) sequestro de bens e mandados de busca e apreensão. Os fatos investigados foram analisados pela Defaz e pela 14ª Promotoria de Justiça, que peticionaram ao Poder Judiciário pela medidas cautelares.

Os agentes ainda não detalharam sobre a participação de ambos no esquema. A atuação está alinhada ao planejamento estratégico do Comitê Interinstitucional de Recuperação de Ativos (Cira), com atuação integrada de diversos órgãos estatais.

Além da criação de diversas empresas de fachada, na operação Odisseia ficou constatado que o grupo criminoso se valeu de ardil para induzir ao erro o Poder Judiciário, obtendo liminares indevidas, com o escopo de fraudar a fiscalização e lesar os cofres públicos.

Na mesma operação, foi observada a utilização de dados cadastrais de contadores já falecidos, fato que tinha o objetivo de dificultar e responsabilizar o verdadeiro responsável contábil que operava para a organização criminosa. 

Já na operação Déjà vu, assim como na operação Odisseia, identificou-se a criação de diversas empresas registradas em nome de laranjas, com a intenção de viabilizar a sonegação de impostos, muito provavelmente mascarando a origem real dos produtos e o produtor rural responsável de fato pela expedição da nota fiscal.

Dentre os bens sequestrados estão residências de luxo nos principais condomínios da capital cuiabana, veículos, embarcações e o bloqueio de contas das pessoas investigadas, com o objetivo de reparar o dano ao erário.

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