MP diz que vai recorrer de decisão que colocou em liberdade acusada de mandar matar advogado em Cuiabá

O Ministério Público de Mato Grosso (MP-MT) informou na manhã desta sexta-feira (19), que irá recorrer da decisão do juiz João Bosco Soares da Silva, do Núcleo de Inquéritos Policiais (Nipo), que revogou a prisão preventiva da empresária Maria Angélica Caixeta Gontijo, de 40 anos, nesta quinta-feira (18). A empresária é suspeita de ser a mandante do assassinato do advogado Roberto Zampieri, no dia 5 de dezembro, no bairro Bosque da Saúde, em Cuiabá.

O MP manifestou ainda pela prorrogação da prisão temporária dos outros três envolvidos no homicídio, o atirador Antônio Gomes da Silva, o intermediador entre mandantes e executor Hedilerson Fialho Martins Barbosa, instrutor de tiro e ligado ao Exército. Também o financiador do crime Etevaldo Luiz Cacadini de Vargas, coronel do Exército. Todos foram presos em Minas Gerais, entre dezembro de 2023 e janeiro de 2024.

No caso de Maria Angélica, o magistrado não viu elementos que justificassem a prorrogação da preventiva de Maria Angélica. O juiz aplicou medidas cautelares, suspendeu o passaporte, o registro de CAC e determinou que ela seja monitorada por tornozeleira eletrônica.

Leia mais em: Juiz solta empresária acusada de mandar matar advogado em Cuiabá

PARTICIPAÇÃO NO CRIME

Durante as investigações, a polícia chegou até Maria Angélica pela proximidade geográfica com o pistoleiro – ambos vivem em Minas Gerais -, e porque a empresária já tinha declarado sua intenção de matar Zampieri, gerando inclusive uma queixa-crime apresentada pelo advogado.

A polícia apurou que Maria Angélica teria encomendado a morte de Zampieri em função de um conflito fundiário no município de Ribeirão Cascalheira (a 772 km de Cuiabá). Ela teria contado com a ajuda do coronel do Exército Etevaldo Caçadini para contratar Antônio Gomes da Silva e Hedilerson Fialho Martins Barbosa, outro pistoleiro que participou do crime.

O nome da empresária, contudo, não foi mencionado nos depoimentos dos outros investigados. Antônio Gomes chegou a dizer à polícia que uma mulher era a mandante do crime, mas, em outro momento, também disse que o mandante era um homem com sotaque italiano.

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