Suspeito de financiar o assassinato do advogado Roberto Zampieri chega a Cuiabá; pagou R$ 40 mil para pistoleiro

O coronel do Exército Brasileiro, Etevaldo Luiz Caçadini, suspeito de financiar o assassinato do advogado Roberto Zampieri, chegou em Cuiabá por volta de 12h desta quarta-feira (17) e foi imediatamente conduzido à sede da Delegacia Especializada de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) no centro da Capital, onde deve cumprir prisão temporária. Ele teria pago R$ 40 mil para o pistoleiro que assassinou o advogado.

Etevaldo foi detido na segunda-feira (15), em Belo Horizonte, após ser delatado por outros supostos criminosos envolvidos no assassinato do advogado. Ao pousar no Aeroporto Marechal Rondon, em Várzea Grande, o investigado estava sem algemas e se recusou a responder os questionamentos da imprensa.

Em entrevista coletiva concedida na sede da DHPP logo após a chegada do coronel, os delegados responsáveis pela investigação, Edison Pick e Nilson Farias, detalharam a participação de Etevaldo no caso.

Segundo as autoridades policial, veio quatro vezes a Cuiabá antes do assassinato de Zampieri, entre os meses de janeiro e dezembro. No entanto, no dia do crime, em 5 de dezembro de 2023, o Coronel não estava na capital.

O delegado relatou ainda que, pistoleiro Antônio Gomes da Silva, acusado de matar o advogado Roberto Zampieri, iria receber R$ 40 mil como pagamento do crime, enquanto o comparsa Hedilerson Fialho Martins Barbosa, não iria receber nada e executou o crime somente como favor para o coronel.

“O crime do homicídio tem dois pistoleiros relacionados à execução de Zampieri. Tem uma pessoa que contrata esses dois pistoleiros e essas pessoas que contratam esse dois pistoleiros é designada por alguém, por um terceiro. E quem é essa pessoa que intermedia, que passa o dinheiro para esses dois pistoleiros, a pedido de um terceiro, é justamente o coronel Etevaldo Caçadini. Então o senhor Etevaldo Caçadini é justamente quem recebe os pistoleiros no seu escritório, para passar os valores”, disse.

Conforme os delegados, Antônio teria recebido, de forma adiantada, R$ 20 mil e receberia 50% do restante do pagamento na véspera do dia em que foi preso. Já Hedilerson Barbosa, o outro pistoleiro, alegou não ter recebido nenhuma quantia.

Em relação a ligação do coronel do exército com Angélica Gontijo, suspeita de ter encomendado a morte do advogado, um dos delegados disse que ainda busca, através de provas técnicas, estabelecer esses vínculos.

Angélica e os dois homens apontados como pistoleiros – Antônio e Hederson – estão presos em Cuiabá.

 

 

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