O secretário de Estado de Infraestrutura e Logística de Mato Grosso (Sinfra-MT), Marcelo de Oliveira e Silva, concedeu uma coletiva de imprensa no final da manhã desta quarta-feira (13), para falar das medidas adotadas em relação os deslizamentos de terra na MT-251, Estrada de Chapada dos Guimarães, nos paredões na região do Portão do Inferno. O trecho em questão tem registrado deslizamentos de terra e pedras desde a semana passada. Em menos de 24h foram dois registros de desabamento de rocha na pista.
Uma portaria passou a vigorar nesta quarta-feira, suspendendo o tráfego de veículos pesados pela MT-251, por tempo indeterminado. A medida visa minimizar os impactos do trânsito pesado na região do Portão do Inferno e, assim, evitar novos deslizamentos de terras.
Marcelo destacou que o estado, em nenhum momento, foi omisso e reforçou que o cenário seria diferente caso o governo pudesse estar com a concessão da via.
“Não fomos em nenhum momento omissos, muito pelo contrário. Sempre que fizemos os estudos, os estudos foram repassados aos órgãos federais’, disse.
O secretário lembrou que a Sinfra não é responsável pela manutenção do local, cuja a área é administrada pelo Instituto Chico Mendes de Conservação (ICMBio), e que o Estado já tentou diversas vezes obter a administração do Parque Nacional de Chapada dos Guimarães, mas o governo federal ignorou todas as tentativas.
“Já propusemos 30 vezes. Talvez, se a gente tivesse com esta administração, a gente já teria resolvido esse problema”, disse.
“Quem tem que tomar conta do Parque Nacional são as pessoas responsáveis pelo Parque Nacional. A Sinfra tem que ficar preocupada com a rodovia, se tem buraco, erosão, se o viaduto está ruim. Acontece que, na hora que tem perigos na rodovia, de árvores caindo, tampando a visibilidade, ninguém do Parque Nacional vai fazer a poda. A Sinfra tem que fazer. Agora apareceu este problema que, com o tempo, está aumentando”, completou.
Marcelo afirmou ainda que o estado deve iniciar nos próximos 15 dias obras de recuperação na estrutura no trecho do Portão do Inferno.
“Não posso adiantar o modelo, porque é um projeto que está em discussão, mas a tendência é que talvez em 15 dias, ou até antes, a gente já esteja em obra lá. Bom, a gente espera a compreensão da sociedade, da sociedade cuiabana, da sociedade chapadense”, ressalta.
A equipe do Cuiabá Notícias entrou em contato com o ICMBio através do e-mail indicado pela assessoria de imprensa. No entanto, até o momento não tivemos retorno.