Morre o médico e indigenista Oswaldo Cid, defensor da saúde dos povos tradicionais

O médico e indigenista Oswaldo Cid Nunes da Cunha faleceu nesta quinta-feira (07), aos 76 anos, vítima de câncer de pâncreas.

Oswaldo Cid dedicou sua vida à saúde dos povos tradicionais, especialmente dos indígenas. Ele atuou no Acre, onde após ser afastado das suas funções durante o regime militar, gerou protesto de todas as nações indígenas atendidas, com a ocupação da sede do órgão, fato amplamente noticiado na altura. O mesmo ocorreu em Brasília. Ele foi afastado da chefia do Departamento de Saúde da Funai por combater de forma veemente a transferência da saúde indígena para a Funasa. Com isso, perdeu o cargo.

Ele também foi um incentivador da pesquisa científica e acadêmica, abrindo as portas de sua fazenda em Poconé para estudos sobre o Pantanal.

Oswaldo sempre será lembrado como um homem à frente de seu tempo, que tratou a saúde indígena como um sacerdócio e combateu as tentativas de transferência da responsabilidade para a Funasa.

Ele deixa quatro filhos. 

O velório será na sexta-feira (08), entre as 7h e 10h, na Funerária Santa Rita.

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