Produtores de MT conhecem a realidade dos portos do Arco Norte

O presidente eleito da Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (Aprosoja-MT), Lucas Costa Beber, visitou os portos do Arco Norte para conhecer a realidade da exportação de grãos através dos portos no Norte do Brasil. Lucas foi acompanhado de uma comitiva da Aprosoja-MT, incluindo diretores e delegados da entidade.

A comitiva visitou as estações de transbordo, onde os grãos produzidos pelos produtores mato-grossenses saem em barcaças para serem embarcadas nos navios em portos maiores. A comitiva visitou as estações de transbordo de Porto Velho (RO) e Miritituba (PA), além dos portos de exportação de Itacoatiara (AM), Santarém (PA), Vila do Conde (PA) e Macapá (AP).

“Precisávamos conhecer para ter mais informações, ter mais noção também daquilo que eles precisam para que as exportações de Mato Grosso possam avançar ainda mais, seja diminuindo custos, como também aumentando o fluxo, porque a produção tem crescido cada vez mais”, disse Lucas, que enfatizou a necessidade de mais barcaças e navios no Arco Norte.

De acordo com dados do Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea), os portos do Arco Norte foram responsáveis por exportar mais de 31% da soja brasileira, o que equivale a quase 30 milhões de toneladas das 92,78 milhões de toneladas da oleaginosa exportadas pelo Brasil em 2023 para 61 países.

Por outro lado, Lucas também ressaltou que há algumas preocupações, como a atuação de piratas em algumas regiões, que impacta o custo do frete, além da concessão da navegação do Rio Madeira, que chega até as estações de transbordo de Porto Velho, para a inciativa privada, o que pode impactar o custo do frete e o bolso do produtor mato-grossense.

“Como produtores, precisamos saber todos os critérios, principalmente na questão de concorrência, para que não haja um monopólio que prejudique as empresas menores que usam esse corredor também. Então, tudo isso a Aprosoja está de olho, pensando no futuro da nossa produção e também no avanço do nosso comércio internacional de grãos”, destaca.

Os produtores mato-grossenses também viram como é o processo de fabricação reformas de barcaças, a formação de comboios, além da fabricação de rebocadores e empurradores das barcaças.

Ainda de acordo com informações do Imea, o custo do frete hidroviário é mais vantajoso que todas as outras alternativas. O frete rodoviário, de acordo com o Imea, para um percurso entre 500 km e mil quilômetros fica em torno de 27 centavos por tonelada. Já o ferroviário é em torno de 16 centavos, enquanto o hidroviário é de 7 centavos.

(Da Assessoria)

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