A presidente da Ordem dos Advogados do Brasil – Seccional Mato Grosso (OAB-MT), Gisela Cardoso, cobrou respostas da Secretaria de Segurança Pública (Sesp) sobre as ações de combate a onda de crimes que tem ocorrido em Mato Grosso. A manifestação se deu após a repercussão da chacina que aconteceu em Sorriso (397 km de Cuiabá), na sexta-feira (24), em que uma mãe e as três filhas foram mortas a facadas e violentadas sexualmente dentro da própria casa.
Com extensa ficha criminal incluindo abusos sexuais, o acusado foi classificado pela polícia como ‘predador em série’. Ele preso em flagrante na manhã de segunda-feira (27), logo após os corpos serem encontrados.
“É muito triste, lamentamos e queremos ressaltar a nossa preocupação com a onda de crimes bárbaros registrados em Mato Grosso. Pedimos respostas à Secretaria de Segurança Pública sobre o que vem sendo feito para combater essa violência”, afirmou a presidente da OAB-MT, Gisela Cardoso.
As vítimas foram identificadas como Cleci Calvi Cardoso, de 46 anos, Miliane Calvi Cardoso, de 19 anos, Manuela Calvi Cardoso, 13 anos, e Melissa Calvi Cardoso, de 10 anos. O acusado, Gilberto Rodrigues dos Anjos, trabalhava em uma construção civil ao lado da casa das vítimas. Ele foi preso na obra na manhã de segunda-feira e confessou o crime brutal. Segundo a polícia ele já tinha estuprado e tentado degolar outra mulher em Lucas do Rio Verde (a 330 km de Cuiabá), em setembro deste ano.
O presidente da 17ª Subseção da OAB-MT, Fernando Mascarello, disse que Sorriso e região está triste e chocada com mais esse crime. Lembrou que, apesar da luta constante de combate à violência contra a mulher, ainda são registrados muitos crimes bárbaros.
“Tratamos esse assunto com muito fervor, mas nós percebemos, através de situações como essa de hoje, que a mulher precisa ser protegida constantemente, inclusive dentro da sua própria casa. Contamos com as autoridades para que o suspeito ou os suspeitos sejam processados e cumpram as suas penas e que possamos cada vez mais implementar políticas públicas voltadas à proteção à mulher, em todos os locais e em todas as situações”.
OAB-MT vai acompanhar as investigações e se reunir com as autoridades para discutir sobre a necessidade de um trabalho ainda mais amplo de combate à violência.
(Com informações Assessoria)