MPMT adere ao movimento nacional pelo fim da violência contra a mulher

Dados divulgados pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública revelam que no primeiro semestre deste ano, 722 mulheres foram vítimas de feminicídio no Brasil, número que representa um crescimento de 2,6% se comparado ao do mesmo período do ano passado. O levantamento, conforme alerta o Fórum, demonstra que o Estado brasileiro segue falhando na tarefa de proteger as meninas e mulheres.

Em Mato Grosso, o Ministério Público Estadual tem atuado em diversas frentes para mudar esta realidade. Além da atuação no âmbito judicial, o enfrentamento à Violência Doméstica Contra a Mulher integra o rol de prioridades estabelecidas no Planejamento Estratégico da instituição.

Projetos, campanhas e articulações têm sido realizados em todo o estado para fortalecer a rede de proteção às mulheres vítimas de violência doméstica. Em Cuiabá, para proporcionar um atendimento mais acolhedor e garantir a privacidade das vítimas de violência doméstica, as Promotorias de Justiça contam desde o ano passado com o espaço Caliandra, que, inclusive, está sendo ampliado.  O local faz parte do Núcleo de Enfrentamento à Violência Doméstica e Familiar Contra a Mulher de Cuiabá.

Também está em execução o projeto de criação do site Observatório Caliandra, que trará dados estatísticos, memorial das mulheres vitimadas e iniciativas de conscientização acerca do feminicídio.

MOBILIZAÇÃO: Objetivando sensibilizar a sociedade para o tema, o MPMT aderiu ao movimento “21 Dias de Ativismo pelo Fim da Violência Contra a Mulher”. Até o dia 10 de dezembro, serão divulgados posts e vídeos sobre a temática nos canais de comunicação da instituição.

No dia 06 de dezembro, dia da campanha do “Laço Branco”, o Centro de Apoio Operacional para Estudos de Violência Doméstica e Familiar Contra a Mulher e Gênero Feminino prepara uma mobilização em todo o estado para chamar a atenção sobre a importância do envolvimento dos homens nesta luta.

“Promotores e promotoras de Justiça de todo estado estão sendo convidados a fazer uma mobilização para fixação e distribuição do símbolo da campanha (laço branco) nas comarcas”, adiantou a coordenadora do CAO da Violência Doméstica, promotora de Justiça Fernanda Pawelec Vasconcelos.

Também no dia 06, haverá a divulgação de um podcast com o promotor de Justiça que atua no Núcleo da Violência Doméstica e Familiar da Capital, Tiago Souza Afonso da Silva, sobre a temática. Será realizado ainda o evento “Lei Maria da Penha e estratégias para efetivação da cidadania plena de mulheres trans e travestis”.

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