WILSON CARLOS FUÁH
Infelizmente a todo minuto somos classificados, seja pela condição financeira, intelectual, estética, pela fama ou qualquer outro tipo de parâmetro social, mas na verdade, somos apenas aquilo que sempre fomos, ou seja, apenas seres humanos.
A passagem por esta vida é muito rápida, mas também o suficientemente longo para cometermos erros irreparáveis, praticar julgamentos sem tolerância, principalmente às pessoas que mais amamos e ao assumir as atitudes individualistas, simuladas e agressivas com aqueles parceiros de vida que nos contrariam, e nesses atritos de relacionamentos, passamos a ser rejeitados nas reuniões sociais, pois sem querer, estamos escravizados por querer resumir uma vida formada somente com atos perfeitos, o que nos leva a escravizar as nossas atitudes e quando elas não são bem administradas nos faz escapar da infelicidade momentânea, e por nunca saber que estão a nossa disposição milhares de motivos para sermos alegres e felizes, vivemos assim classificando ou desclassificando as pessoas.
Muitas pessoas se colocam acima dos outros por um poder relativo da riqueza acumulada, mas ninguém está um milímetro acima ou abaixo de ninguém. Na verdade as pessoas estão deixando de lado a relação fraternal de igualdade, e por isso estão usando todo tipo de discriminação nas relações sociais.
A ditadura do preconceito está em todos instante da nossa vida, o que é a mais drástica e destrutiva doença da humanidade. O julgamento pela aparência engessa a inteligência e gera toda sorte de discriminação, e desse estado de separação e escolha de pessoas ou tribos, podemos estar infelicitando pessoas e às vezes arrancando lágrimas, as vezes podemos estar cultuando injustiça, ou até distorcendo direito, tudo isso é que fomenta a violação dos direitos humanos.
A temporalidade da vida é muito curta para aqueles que sabem utilizar cada minutinho da sua vida e muito longa para aqueles que perderam o prazer de conquista, pois a brevidade da vida deveria nos fazer buscar mais a sabedoria e dar um sentido mais rico à existência.
E quando vivemos só pensando apenas na vaidade do poder transitório da acumulação e classificando as pessoas pela ótica dos interesses, com certeza o tédio e a angustia serão nossos parceiros íntimos na trajetória final da vida.
WILSON CARLOS FUÁH – é Economista, Especialista em Recursos Humanos e Relações Sociais e Políticas.
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