Os garis de Cuiabá e Várzea Grande cruzaram os braços na manhã desta quinta-feira (9) e deram início a uma paralisação, que interrompeu a coleta de lixo. Aproximadamente 300 garis se concentraram em ato na sede da empresa em Várzea Grande em reivindicação por pagamento de salários atrasados e melhorias nas condições de trabalho.
Entre as queixas estão também o atraso no pagamento de benefícios como o vale alimentação e condições precárias de trabalho.
Em entrevista à imprensa, o diretor do sindicato da Limpeza Pública do Estado de Mato Grosso, Marcelino Simadão, afirmou que nenhum gari voltará ao trabalho até o pagamento ser quitado.
“O salário nunca chega no dia certo. Tem mais reivindicação, EPI (equipamentos de proteção individual), vale alimentação que não cai no dia… São uma série de coisas, não muito atrasadas, mas que nunca chegam no dia certo”, declarou.
A empresa é terceirizada e presta serviços de coleta nos municípios de Cuiabá e Várzea Grande.
A Prefeitura de Cuiabá, se manifestou por meio de nota, e informou que notificou na manhã desta quinta-feira (9), a empresa Locar Gestão de Resíduos que atua no serviço de coleta na capital para o imediato reestabelecimento dos serviços em Cuiabá;
“O protesto dos servidores da empresa não é relacionado à administração de Cuiabá e inclui os trabalhadores que atuam também no município vizinho, Várzea Grande. Na notificação para retorno das atividades na capital também há solicitação à administração da empresa Locar que mantenha uma força-tarefa garantindo a completa remoção dos resíduos sólidos evitando prejuízo para cidadão cuiabano”, diz trecho da nota.
Já a Prefeitura de Várzea Grande, informou por meio da Secom Municipal que na cidade não tem paralisação, pois o município não tem pendências com a empresa.
“Ouvimos dizer que em solidariedade ao pessoal de Cuiabá não seria feita a coleta em Várzea Grande. A Secretaria de Serviços Públicos e Mobilidade Urbana vai aguardar, pois a coleta aqui é paga por tonelada de lixo recolhido. Se não for realizada a empresa pode sofrer as sanções legais previstas em contrato e na legislação”, diz comunicado.
