A juíza Graciema Ribeiro de Caravellas, tomou posse nesta sexta-feira (27). Após a cerimonia Graciema considerou a promoção como “justiça feita”. Ela foi acusada de participação de um esquema que chocou o Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT).
Além de Graciema outros oito magistrados de Mato Grosso foram acusados de uma triangulação financeira ilegal, com dinheiro público, feita para saldar dívidas de uma cooperativa ligada à Maçonaria.
Ela foi condenada à aposentadoria compulsória pelo Conselho Nacional de Justiça em 2012, mas o Supremo Tribunal Federal (STF) anulou as punições em novembro de 2022. Nesta quinta-feira (26) o TJ a escolheu como nova desembargadora.
“Graças a Deus a justa justiça foi realizada, porque desde 2009 nós, as juízas, já tínhamos sido inocentadas antes dos demais envolvidos. Todos estão gradativamente sendo reconhecidamente inocentes da acusação que houve”, afirmou após a posse.
“Embora um pouco demorada, mas ela [a justiça] chegou para alguns de nós em tempo hábil de retornarmos nossa atividade”, acrescentou.
Graciema foi escolhida pelo critério de antiguidade. No entanto sua passagem como desembargadora, será curta. A magistrada assume o novo cargo com data para deixar a cadeira, já no próximo ano. Isso porque, Graciema completa 75 anos em 2024 e, pela lei que rege a magistratura, é obrigada a se aposentar.
Apesar do pouco tempo no novo cargo, a desembargadora se mostrou animada para voltar atuar.
“Sempre atuei na Justiça Criminal. Agora com o retorno eu fui designada para o Direito Público, que é uma área civil e totalmente nova para mim. Para quem ficou 12 anos fora, eu me senti gratificada de voltar e poder trabalhar nesse período”, disse.