Quatro pessoas foram presas na manhã desta quarta-feira (25), durante a 19ª fase da Operação Lesa Pátria, deflagrada pela Polícia Federal em Mato Grosso e outros quatro estados. Os suspeitos foram identificados como, José Carlos da Silva, Luiz Antônio Villar de Sena, César Guimarães Galli Júnior e Fabrício Cisneiros Colombo que estava em Cáceres (a 220 km de Cuiabá). Eles estão envolvidos nos atos golpistas de 8 de janeiro, quando vândalos invadiram e danificaram os prédios dos Três Poderes, em Brasília.
A operação cumpriu mandados em Cáceres, Cuiabá, Tangará da Serra (240 km de Cuiabá), Chapada dos Guimarães ( a 65 km de Cuiabá) e Sorriso (396 km de Cuiabá). Além dos detidos, também houve mandado de busca e apreensão na casa da ex-secretária de Assistência Social de Tangará da Serra, Ana Lúcia Adorno.
Segundo a PF, também foram cumpridos mandados em Santos (SP), São Gonçalo (RJ) e em Brasília. Além dos mandados de prisão preventiva, a PF cumpre também 13 ordens de busca e apreensão. A operação foi autorizada pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes.
César Galli é médico veterinário e proprietário da Vivet, em Cuiabá. Segundo as informações apuradas, o empresário atuou na invasão contra os prédios públicos em Brasília. Em fotos e vídeos publicados em suas redes sociais, ele mostrou em detalhes a invasão ao STF e também o momento em que os vidros foram quebrados no Congresso Federal.
Entre os presos também está o empresário Luiz Antônio Villar de Sena, dono de uma loja de pneus em Cuiabá. Na tarde de 8 de janeiro, ele postou um vídeo nas redes sociais mostrando que também participava da invasão ao Congresso Nacional.
Já Fabrício Cisneiros, de 39 anos, também foi preso, em Cáceres. Contra ele, havia um mandado de busca e apreensão, mas ele recebeu voz de prisão durante o cumprimento da ordem. Segundo a PF ele também participou do vandalismo em Brasília e, no dia, chegou a fazer uma live pedindo uma nova eleição e uma nova Constituição.
Por fim, José Carlos da Silva é o ex-presidente do bairro Jardim Renascer, em Cuiabá. Ele também foi candidato a vereador nos anos de 2016 e 2020.
Os fatos investigados constituem, em tese, os crimes de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado, associação criminosa, incitação ao crime, destruição e deterioração ou inutilização de bem especialmente protegido e crimes da lei de terrorismo.