Comandante afirma que inquérito vai apurar suicídio de PM e encontrar responsáveis por dar acesso a arma

O comandante-geral da Polícia Militar de Mato Grosso, coronel Alexandre Mendes, afirmou que foi instaurado um inquérito policial para apurar as condições que culminaram no suicídio do terceiro sargento Gabriel Castella, no último domingo  (22), em São José do Rio Claro (296 km de Cuiabá). A nota enviada na imprensa na  noite de segunda-feira (23), confirma a exoneração do Comandante, Ten Cel Cristiano Vasconcelos, responsável pelo batalhão da cidade. 

“Um inquérito policial passa a apurar as condições que culminaram no suicídio do Sgt Gabriel, sobretudo, em que circunstâncias e responsáveis contribuíram, por ação ou omissão, ao acesso de arma de fogo para alguém em custodiado numa Unidade Policial”, disse em nota o comandante-geral. 

Gabriel tirou a própria a vida no início da noite de domingo, ele estava preso no quartel onde aguardava a audiência de custódia, após ter baleado o segundo sargento identificado como William Ferreira durante uma discussão no sábado (21). William não resistiu aos ferimentos e morreu. Ambos serviam na corporação do município. 

As investigações até o momento apontam que ambos tiveram um desentendimento, e durante a discussão, Gabriel acabou atirando contra o colega William várias vezes. O agente chegou a ser socorrido por uma equipe médica mas não resistiu aos ferimentos e acabou morrendo.

Após ser preso, o terceiro sargento foi levado para o quartel onde aguardava a audiência de custódia. Porém, ele acabou tirando a própria vida utilizando uma arma. Após repercussão do caso, o comandante da 18ª CIPM do município, tenente coronel Cristyano foi exonerado. 

A nota diz ainda que os fatos ocorridos no final de semana não afetaram o policiamento na cidade. 

“Não teve nenhuma descontinuidade e preserva-se atuante, devidamente suplementado operacionalmente e, malgrado as tragédias em nossa casa, permanece ordeira, pacífica e confiando na Polícia Militar de Mato Grosso”, diz trecho da nota. 

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Uma resposta

  1. Realmente a polícia deve apurar as condições que culminaram a esses acontecimentos. A responsabilidade de quem realmente poderia ter feito algo pra que se evitasse essa tragédia. responsabilizar os gestores e o comandante da polícia que de forma geral não se atenta e cuida da saúde mental e do convívio de seus policiais, e tentam achar culpados rasos em algo tão complexo. Responsabilizar de cima, do governador para baixo que realmente tem o poder de mudar e cuidar dos seus funcionários. Uma cascata de erros que tem esse desfecho horrível. O espanto é como os profissionais que vivem assim de baixo de chicotes institucionais não acarreta em mais e mais situação dessas. No fim querem responsabilizar quem deixou a vítima desse ciclo desumano pegar a arma de fogo.

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