O presidente do Partido dos Trabalhadores (PT) de Mato Grosso e deputado estadual Valdir Barranco, afirmou nesta segunda-feira (9) que o partido pode abrir mão de lançar um candidato próprio nas eleições de 2024 caso o Presidente Lula assim decida. A sigla faz parte da Federação Brasil da Esperança com PV e PCdoB, que também tem como pré-candidato José Roberto Stopa.
O deputado estadual Lúdio Cabral e a ex-federal Rosa Neide, são pré-candidatos da sigla à disputa pela Prefeitura de Cuiabá, e aguarda decisão do partido.
Conforme Barranco, após a definição entre um dos três, o nome será levado a Lula. O petista, porém, chancelará o escolhido ou outro nome que esteja em seu arco de aliança, entre eles o PSB e PSD.
“Se for necessário, temos que entender, mas vamos lutar para que isso não aconteça. Em Mato Grosso não temos um arco de aliança forte como temos no Nordeste, mas temos partidos que fazem parte do governo do presidente Lula”, afirmou.
Segundo Barranco, a escolha dependerá da conjuntura política nacional e da governabilidade do petista.
“Se for demandado, estaremos aqui para defender nossos nomes, mas também para acolher o que for melhor para o governo do presidente. Nada está acima da governabilidade de Lula”, acrescentou.
Barranco observou ainda um eventual acordo com o PSD, do Ministro da Agricultura e Pecuária Carlos Fávaro, que vem trabalhando para apoiar o deputado Eduardo Botelho (UB), caso ele deixe o União, no entanto, apontou que o próprio Fávaro ainda tem desafios a vencer dentro de seu partido.
Botelho pode migrar ao PSD por convite de Fávaro. O deputado passou a articular a mudança partidária após considerar que o União Brasil “fechou as portas” para a candidatura dele como prefeito.
“O próprio Fávaro ainda não tem segurança se o Botelho vai estar no PSD, portanto ele não trata disso conosco. Vamos esperar encaminhar essa situação e também a situação da Federação para podermos conversar”, acrescentou.
Fávaro já havia anunciado que caso a filiação de Botelho não vingasse, o caminho mais acertado do PSD seria estar com a Federação, que reúne além do PT o PV e o PcdoB.
“Nas capitais, quem vai definir não são nem as instâncias municipais nem estaduais, é a Nacional junto da Federação, são eles que vão bater o martelo. Vai ser uma eleição de muita disputa e arranjos. Em São Paulo, por exemplo, o PT já decidiu abrir mão, vai apoiar o Boulos. E temos capitais importantes em que o PT não vai poder abrir mão, porque temos ministros e senadores. Mas aqui em Cuiabá não sei como se dará”, pontuou Barranco.