Da Assessoria
Homens, mulheres e crianças, contabilizados em mais de oito mil, conforme a Polícia Militar, saíram às ruas de Cuiabá na tarde de domingo para celebrar a preciosidade da vida humana desde a concepção até a morte natural. Os participantes também se manifestaram contra a ação do Supremo Tribunal Federal (STF) que prevê a legalização do aborto no Brasil até o terceiro mês de gestação.
A PM fez a segurança nas vias e esteve no local de concentração. O trajeto da caminhada iniciou na avenida Historiador Rubens de Mendonça (a do CPA), em frente ao Pantanal Shopping, e seguiu até ao Parque da Águas, onde foi celebrada a Santa Missa presidida pelo Arcebispo Metropolitano, dom Mário Antônio da Silva, e concelebrada por diversos padres.
“Estamos celebrando a vida e toda vida importa: da gestante e também da criança. Essa nossa mobilização propõe a adoção como alternativa ao assassinato dos bebês através do aborto, já que essa é uma forma de proteger as crianças e ainda encontrar um lar para serem acolhidas e amadas”, afirma dom Mário.
Essa manifestação pública de fé dos fiéis também foi realizada em centenas de dioceses pelo país e marcou a o encerramento da Semana Nacional da Vida, iniciada no dia 1º de outubro, e também celebrou o Dia do Nascituro (ser humano concebido, mas ainda não nascido), que é comemorado em 8 de outubro.
GESTO CONCRETO
Por meio das pastorais da Criança e Familiar, além de outros movimentos da Igreja Católica, a Arquidiocese de Cuiabá presta auxílio profissional e espiritual às gestantes. “Assim como Nossa Senhora visitou sua prima grávida após a aparição do anjo, somos chamados a ajudar às gestantes. A nossa arquidiocese vai intensificar esse trabalho para promover ações e políticas públicas que facilitem o pré-natal e ajudem as gestantes. Queremos o fechamento de todas as clínicas de aborto que matam crianças nesse país. E conto com ajuda de todos para impedir que o aborto seja legalizado no Brasil”, declarou o bispo durante a sua homilia.
ENTREGA LEGAL
A entrega voluntária de bebês recém-nascidos para adoção é garantida legalmente e regulamentada pela Lei da Adoção (13.509/2017). A medida possibilita que uma gestante ou mãe entregue seu filho para adoção, em um procedimento assistido pela Justiça da Infância e Juventude. No Brasil, em 2021 foram registradas 1.312 entregas voluntárias no país, número que subiu para 1.667 em 2022.