Uma comitiva política de Mato Grosso discutem nesta terça-feira (3), em Brasília com a Comissão do Meio Ambiente do Senado e representantes do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), a possível estadualização do Parque Nacional de Chapada dos Guimarães. Entre os argumentos apontados no projeto de autoria da senadora Margareth Buzetti (PSD), está a falta de cuidados de maneira correta no parque, que não está sendo praticada pelo ICMBio.
O governador Mendes (UB), lidera a comitiva, em sua fala ele defendeu mais uma vez que o estado irá investir mais de R$ 200 milhões em quatro anos, sem a cobrança de taxas para que a população possa visitar o parque.
“Nosso projeto de investimento está pronto há dois anos, mas não vamos investir para que a iniciativa privada vá lá e cobre R$ 100 para que a população visite o espaço. Estamos aguardando a decisão e definição desse assunto para que possamos investir”, comentou o governador.
A secretária de Meio Ambiente de Mato Grosso, Mauren Lazzaretti, além de explicar a importância de ter investimentos no parque, salientou que atualmente o estado é um dos que mais conservam em comparação com todo o país, inclusive esses números são importantes porque Chapada faz parte de um estado que está na Amazônia Legal.
“Mato Grosso tem esse ano uma diminuição dos focos de incêndio em 53% se comparar com o ano de 2022. Nós temos estratégias diferentes. Espero que se dê ao parque da Chapada a importância que ele tem para os mato-grossenses. O ambiente é único e faz parte de Mato Grosso, que está na Amazônia Legal e hoje é um dos estados que mais preserva no país”, apontou Mauren.
O presidente do ICMBio, Mauro Pires, defende o órgão e declarou que os trabalhos atuais do instituto servem para preservação e isso não vai mudar. Na oportunidade, ele também citou sobre valores cobrados para visitação no parque.
“Existe um valor a ser cobrado, que começa em R$ 30 e chega até R$ 100. Mas esse último valor é o teto. Vamos investir e precisamos cobrar até para ter um controle. Mas não quer dizer que vamos chegar cobrando R$ 100”, disse o presidente.
A votação do projeto de Margareth será na sessão de quarta-feira (4), no Senado Federal.
Participam da reunião, a senadora Leila Barros, os senadores de Mato Grosso: Jayme Campos (UNIÃO), Mauro Carvalho (UB), Margareth Buzetti (PSD), deputada federal Gisela Simona (UB), deputado estadual Lúdio Cabral (PT), o secretário do escritório de representações de MT em Brasília, Dr Leonardo (Republicanos) e o secretário da Casa Civil Fabio Garcia (UB).