O Cuiabá vem passando por conturbações dentro e fora de campo nas últimas semanas. O Presidente do clube, Cristiano Dresch deu entrevista e falou sobre o momento do Dourado, além das recentes saídas que foram motivo de especulações de crise dentro do clube.
Depois da derrota por 1×0 para o Atlético Mineiro, na rodada passada do Brasileiro, a semana do Cuiabá começou conturbada. Na segunda-feira (25), foi a liberação do meia uruguaio, Nicolás Quagliata. De fato, o atleta não entrava muito nos jogos e mal ajudava o clube.
Dois dias depois, Pablo Ceppelini, teve o contrato rescindido. Em nota o clube apontou que falta de comprometimento e mal comportamento foram os motivos da saída dos atletas.
Em coletiva de imprensa Cristiano falou da falta de comprometimento dos atletas com o clube. Cristiano deu a entrevista e falou palavras pesadas, mas precisas. Explicou a forma que comanda o Cuiabá, falou dos objetivos do clube com o pé no chão, sem iludir ninguém, e sabe das limitações que tem em mãos.
“O Cuiabá é um clube bem diferente dos clubes que existem. A estrutura do Cuiabá sempre foi de clube-empresa. O Cuiabá nunca foi uma associação. É um clube que sempre foi gerido de dentro pra fora. Não foi gerido pelas opiniões de fora do clube. O Cuiabá é um clube que se não tiver uma cobrança forte aqui dentro, as coisas não andam. Aqui precisa ter uma cobrança forte de dentro do clube e isso é uma coisa que acontece há muito tempo. Aqui, se não andar conforme as coisas que nós gostamos e precisamos, vai sair. Aqui, eu tenho uma frase que costumo usar: ‘quem não ajuda, atrapalha’. E quem não estiver ajudando aqui, vai sair. A gente precisa de pessoas comprometidas. Não vou citar motivos específicos. É algo que acontece, mas aqui se não corresponder, vai sair”, explicou o presidente sobre as saídas recentes.
O presidente continuou sua fala, destacando sobre a missão do Cuiabá na temporada, com os pés no chão sobre o objetivo.
“Não vou dizer que ‘ah, nossa vida é fugir do rebaixamento’, mas a missão do Cuiabá é ficar na Série A. Acham que o Cuiabá é o Flamengo. As pessoas não conseguem entender que um clube de 22 anos, e de 13 anos com o nosso comando, tiramos o clube da Série D, do nada, para a Série A do Brasileiro. Hoje o Cuiabá está construindo um centro de treinamento que vai ser um dos três melhores do Brasil. Isso não aconteceu de graça. Estar na Série A é um feito, e as pessoas não valorizam aqui no Mato-Grosso. Permanecer na Série A, é a nossa meta, é isso que nós precisamos. Então o jogador que está no Cuiabá tem que estar todo tempo concentrado”, declarou Cristiano.
E ainda sobre o momento do clube, Cristiano frisou novamente que os jogadores precisam estar comprometidos com o Dourado.
“O que aconteceu nessa nossa sequência positiva. Os interesses pessoais começaram a sobressair aos interesses coletivos. Os jogadores perderam o foco. Tivemos jogos muitos difícieis. A gente sabe que o rendimento precisa melhorar e aqui no Cuiabá, é de dentro pra fora que as coisas acontecem. Quem não tiver comprometido, quem não tiver rendendo, vai sair, seja quem for. Quem não dançar nossa música, sai fora”, frisou o presidente.
O Cuiabá volta a campo neste sábado (29), quando recebe o Fluminense na Arena Pantanal. A bola rola às 18h30 (de Brasília), pela 25ª rodada do Brasileirão. Atualmente o clube é o 12º colocado e tem 29 pontos conquistados.