Empresas da família do governador Mauro Mendes aparecem na lista de pedidos para instalação de PCHs no Pantanal

As empresas do filho do governador governador Mauro Mendes (União Brasil), Luís Antônio Taveira Mendes, e da primeira-dama Virginia Mendes, aparecem na lista de pedidos junto a Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema), para implementação de Pequenas Centrais Hidrelétricas (PCHs) e Centrais Hidrelétricas no Rio Cuiabá. A informação foi confirmada por meio de um levantamento realizado junto a secretaria e divulgado nesta quarta-feira (20). 

O levando aponta ao todo 96 pedidos de PCHs em Mato Grosso, sendo que 35 são para construção na bacia do Alto Paraguai, na qual está inserido o rio Cuiabá e o Pantanal, que estão em análise. Entre os pedidos figuram as empresas do filho do governador do Estado, Luís Antônio Taveira Mendes; e da primeira-dama Virginia Mendes.

Os pedidos devem impactar o córrego da Pratinha, que deságua no rio Mutum e abastece as baías de Chacororé e Siá Mariana no Pantanal mato-grossense que têm ligações com o rio Cuiabá e compõem a bacia do Alto Paraguai. Outro empreendimento hidrelétrico se aprovado afetará o rio Arinos na bacia do Juruena.    

Além da família Mendes, Marcelo Avalone, irmão do deputado estadual Carlos Avalone (PSDB); e Robério Garcia, pai do secretário-chefe da Casa Civil, Fábio Garcia, também possuem pedidos para liberação de centrais hidrelétricas.  

No ranking de quem mais fez pedidos à Sema estão as empresas do Grupo Scheffer, com 11 solicitações; no segundo lugar a família Maggi que soma, 8 pedidos; empatado no terceiro lugar estão as empresas de Robério Garcia e Avalone com 7 pedidos cada. Por fim, a família Mendes com dois pedidos.

O presidente da Assembleia  Eduardo Botelho (União Botelho) afirmou,  que o Estado tem potencial energético para a construção de PCHs, mas que o Parlamento estadual não vai permitir a construção de usinas hidrelétricas ao longo do rio Cuiabá.   

“Isso vai prejudicar em muito o rio que já está cambaleando e se encontra em dificuldades por conta das nascentes e dos desmatamentos. A construção delas, no rio Cuiabá, traz impacto negativo ao Pantanal mato-grossense. Aqui, estamos fazendo gestão e vamos lutar até o fim para a não construção de usinas. Isso eu garanto”, disse Botelho.

“No início os pedidos são encaminhados para a Sema, e a Assembleia Legislativa não toma conhecimento. O Parlamento tem conhecimento quando o processo está na fase de execução. É a Sema que analisa e aprova os pedidos. Só depois disso que o Parlamento toma conhecimento. Vamos lutar até o fim para a não construção de usinas no rio Cuiabá”, afirmou conclui Botelho. 

O deputado Valdir Barranco (PT) disse que é contra a construção de usinas nos rios mato-grossenses.  Para ele a aprovação do projeto “Cota Zero”  de autoria do Executivo estadual é de interesse pessoal de Mauro Mendes.

“Foi por “interesse econômico do governador Mauro Mendes em construir as PCHs nos rios de Mato Grosso. Nesse caso, os pescadores estavam sendo um grande entrave para eles. Abomino as construções das hidrelétricas no rio Cuiabá”, afirmou Barranco. 

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