O presidente da Assembleia Legislativa de Mato Grosso, o deputado estadual Eduardo Botelho (União Brasil), disse que foi cobrado por aliados (sem citar nomes), após ter recebido o prefeito de Cuiabá, Emanuel Pinheiro (MDB), na última quarta-feira (6), para receber denúncia contra o Gabinete de Intervenção.
Em entrevista à Rádio Cultura na manhã desta segunda-feira (11), o presidente da Casa de Leis reforçou o caráter institucional do encontro e garantiu que não irá tomar partido em torno do assunto.
“Eu encaminhei imediatamente para a Comissão de Constituição e Justiça e para a Comissão de Saúde, para que eles abrissem, estudassem e tomassem as providências. Como presidente é o que eu posso fazer. Eu fiz o meu papel. Fui criticado por receber ele, mas você há de convir que como presidente da Assembleia Legislativa, se um prefeito pede uma audiência, eu tenho que receber. E nem abri a denúncia para olhar, não tenho conhecimento suficiente para isso, apenas encaminhei para as comissões”, garantiu Botelho.
O prefeito Emanuel se reuniu com Botelho na quarta-feira na Assembleia Legislativa onde apresentou documentos que, segundo ele, demonstram fortes indícios de um rombo financeiro na gestão do Gabinete de Intervenção que somam mais de R$ 185 milhões.
A denúncia também foi encaminhada para o Tribunal de Contas do Estado, Tribunal de Justiça, Ministério Público Estadual e à Câmara de Cuiabá.
De acordo com o prefeito, o Gabinete de Intervenção teria efetuado o pagamento de mais de R$ 126 milhões sem empenho, sem liquidação, portanto sem contabilização.
A intervenção na Saúde de Cuiabá teve início em março deste ano.
Em nota, o Gabinete de Intervenção classificou as denúncias de Emanuel como “falaciosas” e disse que o prefeito tenta esconder o “mar de lama da sua gestão” com as supostas provas apresentadas.
O Governo também anunciou que pretende acionar a Justiça contra as acusações.