Guia espiritual preso por abuso de mulheres em Cuiabá ganha liberdade após passar por audiência de custódia

O juiz João Bosco Soares da Silva, determinou a liberdade do guia espiritual Luiz Antônio Rodrigo da Silva, de 49 anos, preso após denúncias de abuso sexual de pelo menos sete mulheres em um terreiro de Cuiabá. A decisão foi proferida após o acusado passar por audiência de custódia na quarta-feira (6). Ele foi solto no mesmo dia e vai responder às acusações em liberdade. 

Luiz é advogado e trabalha no cargo de controlador interno na Câmara Municipal de Santo Antônio do Leverger (a 38 km de Cuiabá). Conforme o advogado Augusto Frutuoso, responsável pela defesa de Luiz, o guia  espiritual e advogado tem endereço fixo para ser encontrado com facilidade e, por isso, está apto para responder ao inquérito em liberdade. 

“Equívoco da autoridade policial que apontou que Luiz Antônio era de alta periculosidade. Como um controlador da Câmara Municipal, concursado há mais de 15 anos, dirigente de uma casa espiritual há mais de sete, não tem endereço fixo para ser encontrado e responder ao inquérito em liberdade?”. 

Segundo o advogado, Luiz vai fazer uso de tornozeleira eletrônica e não pode se aproximar das vítimas que o denunciaram por abuso. Entretanto, ele vai poder atender normalmente como guia espiritual. 

Luiz chegou a gravar um vídeo onde afirma que irá continuar com os atendimentos espirituais e tratou o caso como ‘situação inusitada’. No vídeo, de própria autoria, o ele aparece dentro de um carro e afirma que o “trabalho na mata será mantido”, ironizando sobre o caso.

“Pessoal, frente a essa situação inusitada que ocorreu ontem, eu venho aqui dizer ‘pra’ vocês que o trabalho na mata ‘tá’ mantido”, afirmou o guia.

Ele ainda explica que conversará para saber se irá manter a data dos trabalhos fixa no sábado.

Entenda o caso

O guia espiritual teve a  prisão preventiva cumprido pela polícia em ação da Delegacia Especializada de Defesa da Mulher (DEDM) de Cuiabá, na última terça-feira (5).  As investigações iniciaram após as vítimas procurarem a Delegacia da Mulher de Cuiabá relatando os abusos sofridos. Segundo informações, o suspeito utilizava o TikTok para atrair as vítimas para sua “tenda religiosa”, prometendo amparo espiritual. 

No boletim de ocorrência registrado na Polícia Civil, as vítimas detalham os abusos. O guia espiritual é acusado de abusar sexualmente de mulheres, entre elas uma menor de idade. Uma vítima relatou que o suspeito tinha o costume de enviar mensagens pelo aplicativo WhatsApp pedindo fotos nuas e para fazer videochamadas tirando a roupa, além de perguntas eróticas de forma frequente.

Veja vídeo:

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