Interventora rebate acusações de Emanuel: “O gabinete considera ser mais uma das falácias do prefeito”

O Gabinete de Intervenção Estadual na Saúde de Cuiabá repudiou, por meio nota encaminhada a imprensa no fim da tarde desta quarta-feira (6), as denúncias feitas pelo prefeito Emanuel Pinheiro (MDB) contra a gestão, onde acusa o gabinete de rombo de R$ 183 milhões.

Emanuel foi a Assembleia Legislativa nesta tarde e entregou ao presidente Eduardo Botelho (União) um documento com supostas irregularidades que apontariam para um rombo de R$183 milhões na Pasta, após a intervenção.

A Saúde de Cuiabá está sob intervenção do Estado desde março deste ano, por uma decisão do Tribunal de Justiça do Estado, por conta de irregularidades.

Segundo o gabinete, que é comandado pela servidora Gisela Carmona, o prefeito “perde tempo com devaneios”, age com irresponsabilidade e faz “acusações infundadas”.

A nota ainda trata a gestão Emanuel como sorterrada em um “mar de lama”.

“O gabinete considera ser mais uma das falácias do prefeito, que tenta esconder o mar de lama em que se encontra sua gestão, principalmente na saúde, que já foi alvo de oito operações policiais, que culminaram na prisão de três secretários municipais de Saúde”, consta na nota.

O gabinete ainda apontou mais de 10 ações que estão sendo realizadas na Saúde, como contratação de médicos, abertura de leitos e reformas em unidades da saúde.

Veja nota na íntegra:

O Gabinete de Intervenção Estadual na Saúde de Cuiabá repudia a irresponsabilidade do prefeito de Cuiabá, Emanuel Pinheiro, ao fazer acusações infundadas, nesta quarta-feira (06.09).

A intervenção foi decretada pelo Tribunal de Justiça de Mato Grosso, em março deste ano, após pedido do Ministério Público do Estado, que apontou diversas irregularidades na saúde da capital, como falta de médicos e de medicamentos nas unidades de saúde.

O gabinete considera ser mais uma das falácias do prefeito, que tenta esconder o mar de lama em que se encontra sua gestão, principalmente, na saúde, que já foi alvo de oito operações policiais, que culminaram na prisão de três secretários municipais de Saúde.

Enquanto o prefeito perde tempo com devaneios, a equipe de intervenção trabalha. Prova disso são as seguintes entregas: 

• Mais uma UPA para atendimento à população no Jardim Leblon;

• Milhares de cirurgias sendo realizadas por mês;

• Reativação das salas de vacinação e garantia de vacinas nas unidades;

• Implantação do serviço de hemodinâmica no Hospital São Benedito;

• Restabelecimento do serviço de raio-x nas upas;

• 27 leitos de UTI reabertos nos hospitais municipais;

• Farmácias de todas as unidades de saúde abastecidas com estoque para 30 dias;

• Implantação da central de biópsias;

• Regularização dos débitos trabalhistas da Secretaria Municipal de Saúde: salário, férias, rescisões, plantões extras e prêmio-saúde pagos rigorosamente em dia; 

• Convocação e nomeação de 221 médicos aprovados no concurso. 

Além disso, o Gabinete de Intervenção está fazendo a implantação do Centro Médico Infantil, fará reforma de 30 unidades de saúde e está negociando com as empresas com quem a prefeitura tinha pendências para que as obras abandonadas de unidades básicas de saúde sejam retomadas. 

A equipe de intervenção tomará todas as medidas cabíveis contra as acusações mentirosas feitas pelo prefeito.

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